Com a faixa presidencial, Lula convoca sociedade a assumir sua responsabilidade no combate à violência



Após ser empossado pelo Congresso Nacional e já vestido com a faixa presidencial, acessório que continuará a compor sua imagem pública pelos próximos quatro anos, Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, e do vice-presidente, José Alencar, que também trazia sua esposa, Mariza Gomes. De lá, ovacionado por cerca de dez mil pessoas que compareceram à Praça dos Três Poderes, o presidente atribuiu os recentes ataques realizados por criminosos no Rio de Janeiro, que ele classificou de "terrorismo", à "degradação da estrutura da sociedade brasileira".

- Isso tudo é resultado da perda dos valores e precisa ser resolvido dentro de casa. A família precisa ser a base. Não adianta culpar as autoridades, pois a crise é resultado de erros históricos de toda a sociedade. Por isso, todos precisam assumir sua responsabilidade - disse o recém-empossado.

Em 20 minutos de discurso improvisado, Lula agradeceu especialmente à população que o elegeu.

- Nos momentos difíceis, quando alguns imaginavam que o jogo havia acabado, o povo entrou em campo para mostrar que construiu a democracia e que iria sustentá-la - metaforizou.

Luiz Inácio Lula da Silva destacou que "o povo conquistou o direito de entrar no Palácio como se ele fosse a sua casa". Ele disse que é preciso "dar aos trabalhadores a certeza de que seus filhos estudarão nas melhores escolas e freqüentarão as mesmas universidades que os filhos dos mais ricos freqüentam", e reafirmou que, embora seja "presidente de todos", continuará cuidando primeiro "dos que mais precisam do Estado".

Compareceram à cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a participação dos Dragões da Independência e da Banda Marcial dos Fuzileiros Navais, cerca de mil convidados, entre ministros de Estado, governadores, parlamentares - entre os quais o presidente do Congresso, Renan Calheiros -, membros de representações diplomáticas, membros do Partido dos Trabalhadores, de entidades sindicais, movimentos sociais e cidadãos beneficiados pelos programas desenvolvidos no primeiro mandato do presidente.

Chamou a atenção a presença de Bruno Maranhão, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), que comandou a ocupação doprédio da Câmara dos Deputados em junho do ano passado. Maranhão afirmou que compareceu na condição de dirigente do PT.



01/01/2007

Agência Senado


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