LOBÃO CONCLAMA SOCIEDADE A PARTICIPAR DO COMBATE À VIOLÊNCIA NO PAÍS



Ao manifestar sua preocupação com a violência crescente no país, o senador Édison Lobão (PFL-MA) conclamou todos os brasileiros a participar de uma cruzada contra o problema. Ele reconhece que o governo pode fazer mais do que está fazendo, mas defende a tese de que, sem o engajamento efetiva da sociedade, não haverá resultados concretos.
Lobão fez um longo relato dos últimos episódios de violência no país, publicados nos jornais, para concluir que, jamais, nos 500 anos de Brasil, houve um período com tantos crimes de variadas naturezas. "A sociedade está blindando seus automóveis, portas e janelas das casas, mas precisa fazer mais", argumentou.
Do lado do governo, Lobão defendeu melhoria do aparato policial, ações administrativas, como construção de presídios, e mais atenção à recuperação dos presos, ao lado de leis mais rígidas e maior rigor no seu cumprimento, para diminuir os índices de impunidade, fator que certamente contribui para a escalada da violência.
O senador maranhense citou dados do Mapa da Violência, uma pesquisa mundial da Unesco, na qual o Brasil aparece em 5º lugar. Pernambuco é o estado mais violento do país, com 59 homicídios por mil habitantes por ano, enquanto o Maranhão registra o menor índice, com 23 por mil habitantes, anualmente. De 1989 a 1998, os assassinatos cresceram 45% no Brasil, passando de 28.700 a 43 mil, por ano, ressaltou Lobão.
Em aparte, o senador Bello Parga (PFL-MA) afirmou que o Congresso pode-se aliar ao combate à violência, aprovando um código penal mais severo e criando legislação que assegure cadeia, em regime fechado, aos delinqüentes mais perigosos.
Também em aparte, o senador Lauro Campos (PT-DF) atribuiu os índices crescentes de violência ao regime neoliberal vigente no Brasil. "Quando o dinheiro vai todo para bancos e remuneração do capital estrangeiro, não sobra dinheiro para construir presídios capazes de recuperar os seres humanos", afirmou Lauro Campos.

05/09/2000

Agência Senado


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