Comissão de Educação quer agilidade na regulamentação do ensino à distância
Os parlamentares da Comissão de Educação pediram á presidente do Conselho Estadual de Educação, Antonieta Mariante agilidade na regulamentação e normatização do ensino à distância no Rio Grande do Sul. Conforme a explanação da representante do IESDE, Gilda Polli, o Rio Grande do Sul ainda é um estado atrasado na aplicação do ensino à distância em suas comunidades, apesar da metodologia responder por um índice de 80% de aprovação no restante do país.
Para o presidente da comissão, deputado Onyx Lorenzoni (PFL), nem mesmo o perfil do público a ser atendido pela novo sistema de ensino sensibiliza os setores burocráticos do governo. "O ensino à distância no Rio Grande do Sul ainda enfrenta restrições ideológicas, típicas do desconhecimento dos benefícios que pode oferecer às comunidades". Conforme Onyx, o desabafo do secretário de Educação de Alegrete, que possui escolas municipais localizadas a 100 quilômetros da sede, ilustra a realidade vivenciada pela maioria dos 497 municípios gaúchos. O parlamentar lembra que no cenário atual o ensino à distância beneficiaria, principalmente, os jovens e adultos que hoje se encontram fora do sistema formal abrangido pelas escolas públicas. "Não dá mais para esperar. Quanto mais demoramos, menor é a qualificação e a formação de alunos e professores em nosso Estado", observa.
Da mesma opinião compartilha a relatora do estudo que será avaliado, em breve, pelo colegiado do Conselho Estadual de Educação, Corina Dott, que entende que os benefícios auferidos serão muito mais amplos do que é possível imaginar atualmente. "Temos que imaginar o imaginável", profetisa a técnica antes de ratificar "É um atraso preocupante pois, deixamos de atender pessoas e comunidades vocacionadas", conclui.
Pensamento diferente a esta interpretação é o da presidente do CEE, Antonieta Mariante que defende a necessidade de serem mantidas as aulas presenciais, e entende que a simples transferência do sistema de ensino da sala de aula para a teleconferência não irá resolver.
Esta posição é corroborada pela representante do MEC, Léa Fagundes. "Quando a concepção não muda, não é a tecnologia que vai salvar a educação", conclui.
Participaram da reunião as deputadas Iara Wortmann (PMDB), Maria do Rosário (PT), Edson Portilho (PT), Otomar Vivian (PPB), Jorge Gobbi (PSDB), Frederico Antunes (PPB) e Érico Ribeiro (PPB).
09/04/2001
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