Educação a distância pode ser instrumento de democratização do ensino, afirma especialista
A modalidade de educação a distância pode ser instrumento de democratização do ensino no Brasil, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Fredric Michael Litto, durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (7) pelo Conselho de Comunicação Social (CCS).
Litto informou que atualmente, no Brasil, aproximadamente três milhões de pessoas participam de cursos a distância. Deste total, disse, cerca de 1,5 milhão de estudantes são provenientes de empresas, 600 mil estudam por intermédio de telecursos e 300 mil pelo Sistema S - integrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Social da Indústria (Sesi). As universidades brasileiras atendem cerca de 200 mil estudantes em cursos superiores, 100 mil alunos fazem cursos por correspondência e 300 mil estudam pela Internet, afirmou ainda o especialista.
O presidente da Abed informou também que as empresas Google e Microsoft já começaram a digitalizar obras de bibliotecas de todo o mundo e que, em dez anos, 30 milhões de títulos estarão à disposição das pessoas.
Entre as vantagens da educação a distância, Litto destacou a possibilidade de o educando estudar em local e horário que mais lhe convierem; a utilização de forma repetida e combinada de outras tecnologias, como som e imagem; o acesso a acervos, bibliotecas e museus.
O especialista ressaltou que, pelo sistema de educação a distância, a aprendizagem se dá com base no interesse e no estilo de cada aluno, o que permite "uma educação sob medida", aproveitando os conhecimentos prévios do estudante. Litto alertou, no entanto, sobre o perigo de uma "nova colonização" por parte dos países que oferecem esse tipo de educação.
No Brasil, informou Litto, cursos superiores são oferecidos na modalidade de educação a distância pelas seguintes intituições: Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj); Rede de Instituições Católicas de Ensino Superior (Ricesu); e Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras.
07/08/2006
Agência Senado
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