COMISSÃO DE ORÇAMENTO CONCLUI VOTAÇÃO DE RELATÓRIOS SETORIAIS



Com a aprovação da previsão orçamentária para a Saúde, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) finalizou, nesta terça-feira (dia 19), a votação dos relatórios setoriais que integram a proposta orçamentária para 2001. O relator-geral do Orçamento, senador Amir Lando (PMDB-RO), reúne-se agora com as bancadas estaduais para definir as prioridades de investimento em cada uma das áreas, antes de concluir seu relatório final, que deverá ser apresentado ao plenário do Congresso entre os dias 27 e 29 de dezembro.

O setor da Saúde, beneficiado pela aprovação da emenda constitucional que assegura recursos mínimos para o setor e pelo recém criado Fundo de Combate à Pobreza, obteve um acréscimo de 9,2 % em relação ao Orçamento de 2000. Ou seja, a Saúde terá R$ 2,08 bilhões a mais que em 2000, totalizando R$ 24,86 bilhões.

Para atender às emendas individuais e coletivas, o relator do setor, deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), movimentou R$ 740,8 milhões, que sairão do remanejamento de recursos previstos (R$ 123,4 milhões) ou de valores disponibilizados pela Comissão de Orçamento, oriundos da reserva de contingência ou de nova estimativa de arrecadação (R$ 617,4 milhões).

O plenário da comissão aprovou integralmente ou parcialmente 49 destaques, que alteram a distribuição de verbas para o setor. Os destaques são emendas às propostas já acatadas pelo relator e que também seguem para apreciação do relator-geral e do plenário do Congresso.

Dos órgãos do Ministério da Saúde, o Fundo Nacional de Saúde (FNS) ficou com a maior parte (84%), seguido pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que teve um acréscimo de 31% de recursos, comparado a 2000, graças à arrecadação do Fundo de Combate à Pobreza.

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Na noite de segunda-feira (dia 18), a CMO aprovou outros dois relatórios setoriais para o orçamento de 2001: o da área temática Educação, Cultura, Esporte, Turismo, Ciência e Tecnologia e o da Integração Nacional e Meio Ambiente.

Para a Educação, Cultura, Esporte Turismo, Ciência e Tecnologia, o relator setorial, senador Moreira Mendes (PFL-RO), garantiu R$ 19,27 bilhões, ou seja, R$ 700 milhões a mais que o total previsto na proposta apresentada pelo governo federal. Se comparado com o Orçamento de 2000, o acréscimo para o setor foi de 24,6%.

Como ocorreu no setor Saúde, o aumento de recursos foi possível graças ao remanejamento dos recursos já previstos (R$ 100 milhões) e de recursos disponibilizados com base em novas estimativas de receitas, calculadas pelo relator-geral.

A Educação é responsável pela grande maioria (81,31%) dos recursos do relatório setorial. Ainda assim, a área recebeu acréscimo de 1,7% com relação à proposta do governo federal, totalizando uma previsão de R$ 15,67 bilhões que devem ser gastos em 2001.

Já a Cultura, segundo o relatório aprovado, terá R$ 343 milhões, um terço a mais que o previsto na proposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A Ciência e Tecnologia, ficou com R$ 2,48 bilhões, 1,1% a mais que o total destinado pelo Executivo. O Esporte e Turismo teve um acréscimo de 85,8%, chegando a um total de R$ 701,5 milhões.

O relatório do setor que abrange os Ministérios da Integração Regional e do Meio Ambiente, apresentado pelo deputado Jorge Khoury (PFL-BA), foi aprovado com a previsão de gastos de R$ 5,2 bilhões. Desse total, R$ 4,2 bilhões serão destinados à Integração Regional (que inclui irrigação e desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste) e R$ 1 bilhão ao Meio Ambiente.

O relator acolheu emendas que envolvem um total de R$ 1 bilhão, que serão providos por remanejamento de despesas e sobras na estimativa de receitas. Pela proposta do Executivo, a Integração Regional terá 13% a menos de receitas que em 2000 e o Meio Ambiente terá acréscimo de 44%.

19/12/2000

Agência Senado


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