Comissão discute com embaixador canadense boicote à carne bovina
A viagem dos senadores e deputados ao Canadá estava prevista para este sábado (dia 17), mas fica suspensa até a missão técnica do Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) divulgar parecer sobre a sanidade do rebanho brasileiro. Convicto da inexistência de justificativa técnica para o boicote à carne brasileira, Osmar Dias defende a ida dos parlamentares ao Canadá, mesmo com a suspensão do embargo, para tratar politicamente de uma questão que envolve a credibilidade do produto brasileiro no mercado internacional.
- Acho necessário irmos lá, pois essa medida deve ser motivo de reparação do Canadá - declarou.
Durante a reunião com o embaixador canadense, os parlamentares exigiram explicações para a adoção do embargo e perguntaram quais informações deixaram de ser repassadas pelo governo brasileiro. Em vez de responder aos questionamentos, Jean Juneau preferiu reiterar, segundo Osmar Dias, que a medida não tinha qualquer relação com a disputa comercial entre as empresas de aviação Embraer e Bombardier.
Apesar de o Brasil ter importado gado da França e da Alemanha, países afetados pelo mal da vaca louca, Osmar Dias não acredita na contaminação do gado brasileiro. Além de os animais terem sido comprados para fins de reprodução, e não de abate, o senador argumenta que o governo brasileiro já conseguiu rastreá-los e irá indenizar produtores por animais que venham a ser sacrificados. Também participaram da reunião da comissão os senadores Jonas Pinheiro (PFL-MT) e Iris Rezende (PMDB-GO) e os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
15/02/2001
Agência Senado
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