COMISSÃO DO EL NIÑO ENCERRA AUDIÊNCIAS
A Comissão Parlamentar Externa do Senado que busca levantar medidas preventivas capazes de proteger as populações e as economias das regiões sujeitas aos possíveis efeitos do fenômeno meteorológico El Niño encerra nesta quarta-feira (dia 3) a fase de audiências, ouvindo representantes de diversos segmentos da região Nordeste. A informação foi dada pelo senador Waldeck Ornelas (PFL-BA), relator da comissão, acrescentando que em seguida irá trabalhar na elaboração do relatório final.
Presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), a comissão ouviu hoje (dia 2) autoridades e especialistas ligados ao sistema de defesa civil de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A ausência do Paraná, segundo Requião, mostra que o governo daquele estado "não está preocupado com o problema".
Participaram dos debates o ministro Fernando Catão, do Desenvolvimento Regional, e também responsável pela defesa civil nacional; Moacir Antônio Berlato, professor de meteorologia aplicada à agricultura da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Humberto Depizzolatti, diretor estadual de Defesa Civil de Santa Catarina; José Correia de Negreiros e Orlando Frederico Roskamp, das defesas civis de Blumenau e de Joinville, respectivamente, além de Hamilton Justino Vieira, da Empresa Agropecuária-Epagri (SC).
Na opinião do senador Espiridião Amin (PPB-SC), "os expositores trouxeram subsídios valiosos para os trabalhos da comissão, que já dispõe de um conjunto de informações importantíssimas sobre a região mais afetada pelos efeitos do El Niño".
- A defesa civil nacional deve atentar para a defesa civil estadual para saber quais os pontos críticos de cada região. Fazer um levantamento sobre custo/benefício e priorizar suas intervenções como medida preventiva. O cadastramento sobre as áreas com risco de inuundações deve fazer parte das preocupações do governo federal- acrescentou.
Interpelado por Roberto Requião, o assessor do ministro Fernando Catão e especialista em meteorologia Antônio Luiz Coimbra de Castro disse que o Brasil vive o que ele mesmo classificou como "a crise dos quatro anos". Castro, que foi o responsável pela elaboração do "Plano de Redução dos Efeitos das Enxurradas Provocados por El Niño", explicou que essa criseacontece de quatro em quatro anos, com a mudança de prefeitos e governadores. E alertou que "os quadros da defesa civil devem ser permanentes".02/09/1997
Agência Senado
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