Commodities minerais e agrícolas mudaram participação de municípios no PIB 2011



A alta no preço do barril de petróleo influenciou as principais mudanças nas participações dos municípios no PIB nacional em 2011, mostra pesquisa do apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada nesta terça-feira (17).

Por exemplo, entre os municípios que geravam pelo menos 0,5% do PIB, Campos de Goytacazes (RJ) teve o maior ganho absoluto de participação, passando de 0,7% do PIB brasileiro em 2010 para 0,9% em 2011 (+0,2 ponto percentual), devido principalmente aos altos preços do petróleo.

Os municípios com os maiores valores de PIB per capita tinham em comum a baixa densidade demográfica. Presidente Kennedy (ES) e Quissamã (RJ) eram municípios produtores de petróleo. Louveira (SP) concentrava centros de distribuição de grandes empresas.

Já entre as principais perdas de participação, o segmento do refino de petróleo teve retração devido ao preço elevado do petróleo, que impacta diretamente os custos da atividade. Esse fato em conjunto com o elevado estoque e baixo crescimento da indústria automotiva fez com que Betim (MG) passasse de 0,8% para 0,7% do PIB nacional entre 2010 e 2011. São Paulo teve a maior redução na participação no PIB (-0,3 p.p.).

O crescimento nominal do valor adicionado bruto da Agropecuária no ano de 2011, 12,5%, refletiu principalmente a elevação dos preços do milho, o café, a cana-de-açúcar e a soja.

Na análise de ganhos e perdas levando-se em conta todos os municípios, vários dos maiores movimentos positivos estavam ligados à atividade agrícola, tanto no que tange à produção quanto ao comércio.

Em 2011, seis capitais concentravam aproximadamente 25,0% da geração de renda do país, das quais cinco se caracterizavam pela concentração da atividade de serviços (intermediação financeira, comércio e administração pública).

A publicação completa do PIB dos Municípios 2011 pode ser acessada na página do IBGE na internet. 

A análise de ganhos e perdas na participação percentual do PIB de 2011 em relação a 2010 foi realizada considerando os municípios que geravam pelo menos 0,5% do PIB nacional.

Campos de Goytacazes (RJ) teve a maior diferença absoluta (0,2 p.p.), devido principalmente aos altos preços do petróleo. Guarulhos (SP), em segundo lugar com aumento de 0,1 p.p., teve ganho de participação em função da indústria de transformação e do comércio e serviços de manutenção e reparação.

São Paulo

A principal perda de participação foi de São Paulo (-0,3 p.p.), devido aos segmentos do comércio e serviços de manutenção e reparação e os serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados. A segunda maior perda (-0,1 p.p.) ficou com Betim (MG), cuja principal atividade era a indústria de transformação.

Nesse caso, os segmentos produção de autopeças (por causa dos estoques elevados) e refino de petróleo (devido ao preço alto desse produto) foram os principais responsáveis pela queda de participação.

Na análise levando-se em conta todos os municípios, os maiores ganhos de posição no PIB nacional foram observados em dois municípios maranhenses, Belágua (da 4991ª posição para a 3849ª) e Godofredo Viana (da 4217ª para a 3089ª). O aumento da produção da mandioca e da extração do ouro foram os responsáveis, respectivamente, pelo ganho de posição.

 Entre as principais perdas de participação, Monções (SP) caiu da 1448ª para a 3377ª, devida à queda na atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação. Outro município com perda de posição significativa foi Guarruchos (RS), onde ocorreu redução significativa do valor exportado de energia elétrica ocasionando a queda da 1501ª para a 2695ª posição.

Serviços se destacam em 5 de 6 capitais com maior concentração de PIB

Em 2011, a renda gerada por seis municípios correspondeu a aproximadamente 25,0% de toda a geração de renda do país e esses municípios representavam 13,7% da população. Todos os seis municípios eram capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus) e tradicionalmente identificados como concentradores da atividade de serviços – intermediação financeira, comércio e administração pública, exceto Manaus, cuja economia tinha equilíbrio entre as atividades de indústria e de serviços.

Excluindo-se os municípios das capitais, 11 municípios destacaram-se por gerarem individualmente mais de 0,5% do PIB, agregando 8,7% da renda do País. Esses municípios, com grande integração entre a Indústria e os Serviços, eram: Guarulhos (SP), 1,0%; Campinas (SP), 1,0%; Osasco (SP), 0,9%; Campos dos Goytacazes (RJ), 0,9%; São Bernardo do Campo (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; Santos (SP), 0,8%; Betim (MG), 0,7%; Duque de Caxias (RJ) e São José dos Campos (SP), que individualmente geravam 0,6% e Jundiaí (SP) 0,5%. Campos dos Goytacazes (RJ), São José dos Campos (SP) e Jundiaí (SP) são municípios localizados fora das regiões metropolitanas.

Regiões Norte e Nordeste têm maior concentração do PIB de seus estados

Na maioria dos estados das regiões Norte e Nordeste, os cinco maiores PIB municipais concentravam mais do que 50% do PIB estadual. As exceções foram Tocantins e da Bahia, com 46,1% e 42,6%, respectivamente. O Sudeste não apresentou padrão específico, sendo que os cinco maiores PIB municipais do Espírito Santo e do Rio de Janeiro concentravam 61,2% e 65,0%, respectivamente, do PIB dos seus estados.

Nas regiões Sul e Centro-Oeste do País, essa concentração não alcançava 50%, exceto em Mato Grosso do Sul, que apresentou concentração de 56,8% e, em Goiás, 50,7%.

Os estados do Amapá e do Amazonas, onde os cinco maiores PIB municipais geravam 87,5% e 86,5% dos PIB estaduais, respectivamente, apresentaram as maiores concentrações espaciais de renda do país, seguidos por Roraima, com 85,4%. Em outro extremo, encontravam-se Minas Gerais (33,7%), Rio Grande do Sul (35,5%), Santa Catarina (38,5%), e Mato Grosso (38,9%), com as menores concentrações.

Presidente Kennedy (ES) tem o maior PIB per capita do país

Os municípios com os maiores valores de PIB per capita tinham em comum a baixa densidade demográfica. Presidente Kennedy (ES) e Quissamã (RJ) eram municípios produtores de petróleo. Louveira (SP) concentrava centros de distribuição de grandes empresas. São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) tem como principal atividade do município é a extração de minério de ferro.

Confins (MG) ganhou posição com a transferência da maior parte dos voos do aeroporto em Belo Horizonte para o aeroporto internacional situado no município. Em Porto Real (RJ), situava-se uma indústria automobilística. Triunfo (RS) era sede de um polo petroquímico importante. Anchieta (ES) caracterizava-se pela pelotização e sinterização de minério de ferro. São João da Barra (RJ) era produtor de petróleo. Araporã (MG) tinha a maior hidrelétrica do estado, com capacidade instalada de 2.082 megawatts.

Fonte:
Portal Brasil com informações do IBGE



17/12/2013 15:14


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