CONGRESSO PROMOVE MOBILIZAÇÃO PELA PAZ E A NÃO-VIOLÊNCIA
epresentações da Unesco e das Nações Unidas no Brasil, promoveram nesta terça-feira(dia 14), no plenário do Senado, o lançamento da campanha internacional pela afirmaçãodo ano 2000 como "Ano Internacional da Cultura da Paz", e da próxima décadacomo a "Década Internacional da Cultura da Paz e da Não-Violência". O"Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência" foi esboçado por umgrupo de laureados do Prêmio Nobel da Paz, durante a 50º aniversário da DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos. Entre eles figuram, Adolfo Perez Esquivel, MichailGorbachev, Shimon Peres, José Ramos Horta, Desmond Tutu, Carlos Ximenes Belo, NelsonMandela e o Dalai Lama. Durante a cerimônia, assinaram o manifesto o vice-presidente doSenado, Geraldo Melo (PSDB-RN), o vice-presidente da Câmara, deputado SeverinoCavalcanti, o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, e o coordenador doPrograma das Nações Unidas no país, Walter Franco. A meta das Nações Unidas é obtera assinatura de 100 milhões de pessoas até a data de inauguração da Assembléia-Geralda ONU, em setembro do ano 2000. A senadora Emília Fernandes (PDT-RS), uma dasorganizadoras da programação, leu o Manifesto afirmando que "o lançamento dacampanha visa a representar um momento de reflexão, alerta e mobilização para se buscarcaminhos e formas de conquistar a paz nos vários níveis das relações humanas". Osenador Geraldo Melo (PSDB-RN), que presidiu a sessão, manifestou a esperança de que"a paz não venha a ser, apenas, ausência de guerra, mas uma era em que os homens seolhem de frente, como irmãos". Ao discursar em nome da Unesco, Jorge Wertheinenfatizou ser a história política do Brasil marcada pelo pacifismo. "Na reunião dejulho do ano passado, na cidade de Ushuaia (Argentina), o Brasil assinou uma DeclaraçãoPolítica definindo o Mercosul, a Bolívia e o Chile como "Zona de Paz", livrede armas de destruição em massa e reafirmando ser a paz condição essencial àexistência do grupo.
14/09/1999
Agência Senado
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