Consumidor: Ipem-SP constata que 80% dos copos plásticos apresentam irregularidades



Das 13 empresas que tiveram seus produtos analisados, 10 foram reprovadas Alguns copinhos descartáveis foram totalmente reprovados.

Usar os tradicionais copinhos descartáveis de poliestireno (PS) ou polipropileno (PP) sem derramar o conteúdo, ou mesmo retirá-lo do suporte sem causar rachaduras, tornou-se cada vez mais difícil. Boa parte dos fabricantes analisados pelo Ipem-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado de São Paulo, colocam a qualidade de lado e produzem copos finos, leves demais e pouco resistentes. Segurar pela borda, colocar menos líquido do que o copo deveria comportar ou usar dois copos ou mais de uma só vez, tornaram-se técnicas comuns a fim de evitar acidentes.

O Instituto de Pesos e Medidas fiscalizou 13 fabricantes, com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR. 14.865 - publicada em julho de 2002. Essa verificação partiu da preocupação do Instituto Nacional do Plástico (INP) com a imagem do setor, comprometida pela baixa qualidade dos produtos e da necessidade de se avaliar a conformidade da comercialização no mercado paulista.

Com vigência a partir de 30 de agosto de 2002, a norma estabelece, entre outros parâmetros, os pesos mínimos para cada copo, sem especificação da resina empregada. Os recipientes de 50ml (copinhos usados geralmente para café e chá) devem pesar no mínimo 0,750g. Já os de 110ml devem obedecer ao padrão mínimo de 1,900g; os de 200ml, 2,200g e o de 300ml deve ter, no mínimo, 3,300g. O quesito principal para avaliação é a massa mínima usada na fabricação dos copos. Foram coletadas para analise cinco mangas (embalagens com 100 copos) de cada tipo, de onde foram extraídas 10 unidades de cada manga, o que resulta em 50 copos para análise final. Pelo critério da ABNT, com até dois copos abaixo do peso, o produto é aprovado, e acima deste número, reprovado.

O Ipem-SP divulgou nesta quarta-feira, dia 19 de março, o resultado da operação que fiscalizou 24 tipos de copos plásticos de produção nacional, onde Santa Catarina lidera o mercado com 60% da fabricação brasileira. Das 13 empresas verificadas, 76,92% foram reprovadas e algumas atingiram 100% de reprovação em seus produtos; 79,17% desses produtos estavam fora das normas estabelecidas. Segundo o Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078/90 – artigo 39, inciso VIII, seguir as normas para a venda de produtos e/ou serviços é obrigatório.

Entre as empresas totalmente irregulares, está a Plástico Danúbio Indústria e Comércio, de Guarulhos. O Ipem-SP constatou que com a quantidade de matéria prima abaixo do especificado, a empresa consegue produzir um novo copo a cada três.

As empresas reprovadas foram autuadas e estão em prazo de defesa junto à Superintendência do Ipem-SP. Após esse período, haverá uma análise jurídica e administrativa de cada caso para estipular uma penalidade administrativa cabível, cujas multas podem chegar até R$ 50 mil, dobrando em casos de reincidência.

Da Assessoria de Imprensa do Inst

04/19/2006


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