CORREDOR DE EXPORTAÇÃO NA REGIÃO NORTE É IMPORTANTE PARA O PAÍS, DIZ LUIZ OTÁVIO
A liberação de mais recursos do governo federal para as hidrovias e eclusas da região Norte e a importância do corredor de exportação no porto de Santarém (PA) foram os temas do discurso do senador Luiz Otávio (PPB-PA) na sessão plenária desta sexta-feira (dia 04). Luiz Otávio disse que é necessário o governo liberar mais recursos para a região, pois o corredor de exportação para a Europa e os Estados Unidos poderá viabilizar a balança comercial e incrementar as exportações do país.O senador citou a exportação de soja, produzida no Centro-Oeste e embarcada em 75 carretas pela rodovia Cuiabá-Santarém até os portos da região, com destino à Europa e aos Estados Unidos. De acordo com o senador, a mercadoria fica mais barata em até US$ 10 a tonelada se embarcada diretamente do norte do país, comparada com as exportações feitas pelos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP).- A região Norte poderá ser um pólo de desenvolvimento, de geração de emprego e renda. O barateamento do produto proporcionará maiores condições de o país ter maior competitividade no mercado internacional - afirmou.O senador reclamou, no entanto, da demora na liberação de recursos federais para a conclusão da pavimentação da BR-163, de Cuiabá a Santarém. Pediu a união dos governadores dos estados do Centro-Oeste e do Norte para que viabilizem os projetos de tornar a região um corredor de exportação eficiente.O porto de Santarém, segundo o senador, é adequado para embarcar as mercadorias para o exterior, pois tem 21 metros de profundidade, sendo um dos mais profundos do país. Em aparte, o senador Iris Rezende (PMDB-GO) parabenizou Luiz Otávio pelo discurso e disse que o país vive de equívocos, devido à decisão dos tecnocratas, que, na aplicação de recursos, não dão prioridade às obras importantes para a economia, como as hidrovias.No final do discurso, Luiz Otávio fez um apelo para que o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), participe de reuniões com as bancadas locais "para que ouça os problemas da população sem intermediários". O senador sugeriu que as reuniões sejam feitas após a conclusão das CPIs do Judiciário e do Sistema Financeiro.
04/06/1999
Agência Senado
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