Covatti acusa Governo de promover exclusão social entre servidores
O líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti afirmou hoje(12), que a nova proposta de reajuste ao magistério, anunciada pelo Palácio Piratini, de 25% em quatro parcelas semestrais, representa apenas uma quarta parte dos 190% que o PT prometeu aos mais de 150 mil professores gaúchos durante a campanha eleitoral de 1998. Segundo Covatti, o surgimento do seguro inflação, "não garante o pagamento da defasagem salarial passada". O deputado acrescentou que "o Executivo não apresentou, sequer, proposta para recuperar o índice inflacionário verificado ao longo do seu próprio Governo, oferecendo até o final de 2002, a metade da inflação acumulada projetada até dezembro deste ano, que deverá superar os 45%. Os professores devem estar se sentindo empacotados pela diminuta proposta governista".
O progressista também não gostou do fato de o Governo petista demonstrar preocupação só com o magistério, excluindo as demais categorias do funcionalismo, algumas das quais continua amargando reajuste "zero" desde o início da atual administração. Como exemplo de exclusão, citou os trabalhadores do quadro-geral e da área da segurança pública. "Todos esperam que ocorra o efetivo resgate da dignidade através do contracheque, e não migalhas distribuídas ao longo dos anos.", cobrou.
Favorável ao reajuste dos professores, Covatti argumentou que o Governo do PT está condenando as outras categorias dos servidores, que percebem baixos rendimentos, a sobreviverem sob um dos maiores arrochos salariais já vistos no País. "O Executivo estadual está dispensando, aos seus funcionários, tratamento idêntico ao que o presidente Fernando Henrique Cardoso dá aos servidores federais, combatido com ferocidade pelo PT quanto está na confortável condição de oposicionista", disse. Além disso, o líder progressista responsabilizou o Governo do Estado por estar provocando uma desigualdade social entre o funcionalismo, apesar de manter o discurso contrário.
07/12/2001
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