CPI da Exploração Sexual ouve 18 pessoas em Porto Alegre
Numa maratona que começou às 10h de quinta-feira (30) e terminou às 5h desta sexta-feira (31), deputados e senadores da CPI que investiga as redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no país ouviram 18 pessoas, numa das salas da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Ouvidos separadamente, os depoentes contaram histórias muito parecidas à presidente da CPI, senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), à relatora, deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), e às deputadas Ann Pontes (PMDB-PA) e Sandra Rosado (PMDB-RN).
São testemunhos de que meninas de 13 e 14 anos foram aliciadas na periferia do município gaúcho de Soledade por uma rede criminosa comandada por dois empresários da região. As adolescentes acabavam sendo prostituídas, vítimas de empresários que vão a Soledade comprar pedras semi-preciosas, muitos deles estrangeiros. A idéia das deputadas e senadoras é convocar os empresários a virem a Brasília prestar depoimento à CPI e, segundo a relatora Maria do Rosário, os dois deverão ser indiciados.
A CPI também investigou em Porto Alegre a participação de motoristas de táxi em uma rede de exploração sexual infantil na capital gaúcha. Um dos taxistas, que está preso, foi ouvido pelas parlamentares. Essa rede foi descoberta pela polícia no início do ano e também envolve hotéis e motéis da cidade. Ainda no Rio Grande do Sul, a CPI investigou casos de tráfico e assassinato de menores e de falsificação de documentos em Passo Fundo e Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.
31/10/2003
Agência Senado
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