CPI da Segurança: Petistas querem conhecer as outras quatro fitas



 
Deputados do PT dizem que Müller está articulado com a oposição

Para o líder do governo na Assembléia, deputado Ivar Pavan (PT), a atitude do ex-delegado Wilson Müller, que entregou apenas um CD à CPI, no final da tarde de ontem, é mais uma tentativa de manter o governo sob suspeita. “Havíamos solicitado que o ex-delegado encaminhasse à CPI as cinco fitas que ele assumiu possuir. Entretanto, ele nos repassou apenas uma das gravações, alegando que não tem autorização do seu cliente para revelar as demais. Não temos medo da verdade e exigimos que as outras quatro fitas sejam entregues imediatamente”, frisou Pavan.

Durante o ato de entrega do CD aos membros da Comissão, o deputado Ronaldo Zülke revelou que, antes de repassar oficialmente uma prova à CPI, o ex-delegado esteve reunido com representantes da oposição. “Wilson Müller está articulado com a oposição para difamar o nosso governo, tanto é que se encontraram antes do CD chegar à sala da CPI. As articulações políticas são legítimas e naturais, mas têm de ser transparentes, têm de assumir”, observou Zülke.

Pavan e Zülke acreditam que a negativa do ex-delegado de tornar público o conteúdo das demais fitas faz parte da tática da oposição de manter a CPI na mídia. “Repudiamos esta prática dos nossos adversários de criar falsas expectativas na opinião pública. Este comportamento atesta que esta CPI nunca quis investigar os problemas da segurança pública, e sim servir de palanque eleitoral para oposição”, indicou Pavan. O deputado reafirmou que o governo não vai se intimidar com chantagens, boatos e suspenses. “A política do conta-gotas e da ameaça diária não nos assusta. Estamos trabalhando pela verdade”.

Os deputados petistas também querem saber o nome do servidor da Secretaria de Justiça e Segurança que contratou Wilson Müller e lhe entregou as fitas. “Por que este alto funcionário, como afirma Müller, não procurou o secretário para fazer estas denúncias? Isto precisa ser esclarecido”, reivindica Zülke. Ele lembrou que o Estatuto do Funcionário Público determina que, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade, o servidor deve comunicar o fato imediatamente ao seu superior.


11/01/2001


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