CPI DO FUTEBOL OUVE RICARDO TEIXEIRA



A Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) do Futebol Brasileiro ouve nesta quarta-feira (dia 13), após asvotações em plenário, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),Ricardo Teixeira. Ele deverá falar principalmente sobre o milionário contrato depatrocínio firmado em 1997 entre a CBF e a Nike, que, além de material esportivo para aSeleção Brasileira, inclui apoio logístico. Entre as denúncias que levaram àinstalação da CPI está a de que, com base nesse contrato, a Nike tem poder para escalarou não escalar jogadores para as partidas da seleção.

As informações relativas aos sigilo bancário da CBF, que estão sendo repassadas peloBanco Central, facilitarão o trabalho de inquirição de Ricardo Teixeira. Naquinta-feira passada o dono da Traffic - uma das empresas investigadas pela CPI -, JoséHawilla, revelou que Ricardo Teixeira foi o responsável pela abertura da CBF aoscontratos de patrocínio.

Segundo Hawilla, ao perceber a expansão do marketing esportivo, a CBF resolveu imitar asconfederações de países como Holanda, França, Inglaterra e Argentina. Dizendo-se amigode Teixeira, Hawilla estimou em US$ 16,5 milhões a renda média anual da CBF, por forçadesses contratos.

Depois de Teixeira, serão convocados a depor os ex-sócios daTraffic Cyro José e Paulo Roberto da Silva. Desde que começou a funcionar, há um mês emeio, a CPI já ouviu personagens importantes da crise de confiança que se abateu sobre ofutebol brasileiro, entre eles o técnico da seleção Wanderley Luxemburgo e suaex-secretária particular, Renata Alves.

11/12/2000

Agência Senado


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