CPI do Futebol vai pedir quebra de sigilo bancário e fiscal caso a caso e com justificativa



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura irregularidades no futebol brasileiro vai aprovar novamente, mas desta vez caso a caso e com justificativas individuais, a quebra do sigilo bancário e fiscal de todos os que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a ação da comissão. A votação dos requerimentos acontecerá pouco antes dos depoimentos, marcados para esta terça-feira (dia 20), dos ex-dirigentes do Clube de Regatas Vasco da Gama Agathyrno da Silva Gomes, Ivo Morgado e João Manuel de Almeida.

Os pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal vão ser feitos de forma individualizada para evitar que os nomes investigados obtenham novas liminares junto ao STF. São os seguintes: o técnico Wanderley Luxemburgo; o presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda; o presidente do Conselho Deliberativo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro; o presidente do Flamengo, Edmundo dos Santos Silva; o presidente do Corinthians, Alberto Dualib; o ex-presidente do Fluminense Álvaro Barcellos; o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff; o presidente da Federação Fluminense de Futebol, Eduardo Vianna; o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes; a Federação Gaúcha de Futebol; a Associação Brasileira dos Agentes de Futebol; a empresa de material esportivo Rhumell; o Sindicato dos Clubes Profissionais de Futebol de São Paulo; José Carlos Salim e Antônio Osório Ribeiro da Costa.

O presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), confirmou também a audiência pública da próxima quinta-feira (dia 22) para debater a chamada Lei do Passe. O ex-jogador Raí Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, inicialmente convidado para representar os jogadores profissionais, disse que tem compromissos assumidos. Em seu lugar, deverá vir Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, ou o irmão de Raí, o também ex-jogador Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. A CPI terá reunião administrativa na noite desta segunda-feira (19) para definir os nomes e os próximos passos do trabalho.

19/02/2001

Agência Senado


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