CPI OUVE TRÊS ADVOGADOS SOBRE O CASO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO GROSSO



A Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar denúncias de irregularidades no Poder Judiciário reúne-se nesta quarta-feira (dia 29), a partir das 17 horas, para ouvir a advogada Elizabeth Lima Miranda Rocha e os advogados Lucídio de Mello Filho e Elarmin Miranda. Eles deporão sobre o caso do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que teve a maioria de seus membros acusada pelo juiz assassinado Leopoldino Marques do Amaral de cometer atos ilegais como contratação de funcionários com objetivos sexuais, aposentadoria irregular de parentes de desembargadores e manipulação de julgamentos.
Os três advogados foram convocados a depor porque teriam testemunhado a venda de sentenças em um escritório de advocacia em Cuiabá. A decisão de prorrogar os trabalhos da CPI do Judiciário até o dia 30 de novembro para investigar as denúncias feitas por Leopoldino do Amaral foi tomada, por unanimidade, no dia 14 de setembro. Uma semana depois, dia 21, uma comitiva de senadores viajou para Cuiabá, onde, durante dois dias, ouviu representantes da seccional da OAB no estado, membros do tribunal, a Polícia Federal e a viúva do juiz assassinado, além de recolher depoimentos sobre o caso.
As acusações feitas pelo juiz Leopoldino Marques estão contidas em um dossiê de 11 itens entregue por ele à CPI do Judiciário, que é presidida pelo senador Ramez Tebet (PMDB-MS). O primeiro deles trata da contratação e nomeação de funcionários para cargos em comissão, em troca de favores sexuais. Outra denúncia é a existência de irregularidades no fornecimento de auxílio transporte e compra de combustível, além de tráfico de influência pelas esposas dos desembargadores.

28/09/1999

Agência Senado


Artigos Relacionados


CPI DECIDE QUEM VAI DEPOR SOBRE CASO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO-GROSSO

Senadores vão conversar com ministro da Justiça sobre conflito no Mato Grosso do Sul

CCJ ouve ministro da Justiça sobre 'caso Siemens'

CPI DO JUDICIÁRIO VAI APURAR IRREGULARIDADES NO TRIBUNAL DE MATO GROSSO

Advogados públicos asseguram licenciamento ambiental de Usinas Hidrelétricas do Pará e Mato Grosso

REESTRUTURADO O TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DE SÃO PAULO E MATO GROSSO DO SUL