CPI dos Sanguessugas poderá notificar mais quatro parlamentares
(Matéria retificada às 17h15)
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou nesta quinta-feira (27) que, da relação enviada à CPI no dia anterior pela Controladoria Geral da União (CGU), quatro são deputados e poderão ser notificados para apresentar defesa por escrito nos próximos dias. Assim, passam a ser 94 congressistas investigados, sendo 91 deputados e três senadores.
A lista da CGU traz 33 nomes de parlamentares e ex-parlamentares que apresentaram seis ou mais emendas usadas para a compra de veículos da Planam. A maioria destes nomes já constava na relação de que a comissão dispunha, ou não fazia parte dela por serem de parlamentares sem mandato - portanto, fora do escopo inicial das investigações. A única exceção era o deputado João Almeida (PSDB-BA).
No entanto, a CGU também encaminhou à CPI 14 novos nomes de congressistas e ex-congressistas que beneficiaram a Planam, ainda que com menos de seis emendas. Dessa outra relação a comissão retirou os nomes dos deputados Aroldo Cedraz (PFL-BA), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), que se somaram ao de João Almeida.
Segundo o deputado, a data prevista para a apresentação do relatório da CPI mista poderá ser alterada, se continuarem a surgir novos nomes de congressistas que estariam envolvidos nas irregularidades de uso de recursos do Orçamento da União para a compra com preços superfaturados de ambulâncias para municípios.
- Se a cada momento surgirem novos nomes, pode haver um atraso na apresentação do relatório previsto para ser divulgado entre os dias 9 e 16 de agosto - afirmou Biscaia.
No entanto, de acordo com ele, já há um entendimento com o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo, de que todos os deputados contra os quais já haja provas suficientes para a incriminação tenham seus nomes encaminhados ao Conselho de Ética daquela Casa, tão logo seja apresentado o relatório final da comissão.
- Desses 94 parlamentares, a CPI vai responsabilizar alguns, indicar a necessidade de aprofundamento das investigações sobre outros e, ainda, a excluir outros nomes - explicou Biscaia.
27/07/2006
Agência Senado
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