CPI tem de investigar fato claro e determinado, diz Agripino



Ao discursar nesta segunda-feira (11), o líder do DEM no Senado Federal, senador José Agripino (RN), disse que o requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) deve ter, necessariamente, um fato determinado explicitado de maneira clara.

Agripino elogiou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) por terem conseguido um texto consensual para o requerimento de criação da CPI mista que investigará os chamados cartões corporativos: "apurar, no âmbito federal, possíveis casos de uso abusivo do chamado cartão corporativo, criado pelo Decreto 2.809/98 e instituído a partir de 2001 (ano em que passou a ser efetivamente utilizado)."

- Vai se investigar o cartão corporativo, que foi instituído em 1998. Não existiu até 2001. Há uma lacuna, portanto, entre 1998 e 2001. E, a partir de 2001, até 2008, existe fisicamente, produzindo compras e saques, que têm de ser explicados, doa a quem doer, chegue aonde chegar - afirmou.

Agripino disse esperar que a CPI mista investigue o mau uso de cartões corporativos e que não seja uma comissão governista ou oposicionista, mas que ajude a "recuperar a imagem do Senado".

- CPI tem de investigar fato claro, não pode investigar um fato em aberto. Do contrário, vai-se querer aqui investigar as contas de Getúlio Vargas, sem denúncia de ninguém, sem nenhuma objetividade ou até para entupir caminho - alertou.



11/02/2008

Agência Senado


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