CRE aprova indicações de embaixadores e adia depoimento de ex-diplomata



A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CRE) aprovou, por unanimidade, a indicação do ministro Luiz Henrique Pereira da Fonseca para ocupar o cargo de embaixador do Brasil junto à República da Estônia, cumulativamente com o cargo que já exerce de embaixador do Brasil junto à República da Finlândia. Também foi aprovada a indicação da ministra Vera Pedrosa Martins de Almeida para o cargo de embaixadora do Brasil junto ao Reino da Dinamarca. Os nomes dos dois indicados serão examinados agora pelo Plenário do Senado Federal.

Na reunião realizada nessa terça-feira (dia 14), a CRE ouviu o depoimento de Vera Pedrosa Martins de Almeida, indicada para ser embaixadora na Dinamarca. Ela fez uma exposição sobre as relações entre o Brasil e aquele país. Comentou que as relações bilaterais se caracterizam pela cordialidade e por ausência de contenciosos, como ocorre com a os países da Europa, em geral. A embaixadora indicada manifestou sua intenção de incrementar o relacionamento do Senado brasileiro com o parlamento dinamarquês. Comentou que a Dinamarca tem um parlamento composto por 179 membros e uma organização política bastante evoluída.

Vera Pedrosa relatou que a Dinamarca detém um extraordinário nível de desenvolvimento econômico, possibilitando à sua população uma renda per capita da ordem de US$ 32 mil. O país tem uma seguridade social muito avançada e um extraordinário nível de descentralização administrativa. Ela informou que as relações de comércio entre o Brasil e a Dinamarca é ainda muito pequenas mas existem possibilidades dessa pauta ser ampliada.

Após sua exposição inicial, Vera Pedrosa foi sabatinada pelos senadores em sessão secreta, como determina a Constituição. Luiz Henrique Pereira da Fonseca, por já ocupar a embaixada na Finlândia, não precisou ser ouvido pelo Senado.

A exposição que o ex-diplomata Jacques Guilbeaud faria sobre as causas de sua demissão do Itamaraty durante o governo militar foi adiada para esta quarta-feira (dia 15), às 17h. A Comissão de Relações Exteriores resolveu fazer uma reunião extraordinária para ouvi-lo uma vez que seu depoimento ficaria prejudicado porque ocorreria no mesmo horário em que os ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do Planejamento, Martus Tavares, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, prestavam depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos.

14/08/2001

Agência Senado


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