CRE aprova indicações para embaixadas no Peru e Emirados Árabes



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quarta-feira (dia 20), em votação secreta, parecer favorável à indicação do diplomata André Mattoso Maia Amado para ocupar o cargo de embaixador do Brasil no Peru. Na reunião, os senadores também aprovaram parecer favorável ao nome do diplomata Flávio Moreira Sapha, indicado pelo presidente da República para chefiar a missão diplomática brasileira junto aos Emirados Árabes Unidos e o Catar. Os pareceres seguem para apreciação do Plenário.

Amado destacou que o Peru é um ponto de referência na América do Sul, por ser um interlocutor natural do Brasil, para o estreitamento das relações dos países da Comunidade Amazônica e do Pacto Andino com o Mercosul. O diplomata ressaltou ainda que o país tem uma grande fronteira com o Brasil e pode facilitar o acesso ao Pacífico, o que reforça a necessidade de cooperação.

Ao presidente da CRE, senador Jefferson Péres (PDT-AM), Amado afirmou que o Pacto Andino precisa ser novamente dinamizado para ampliar a cooperação entre os países da região. Já os senadores Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e José Coelho (PFL-PE) pediram que o diplomata faça gestões para que a estrada que liga o Brasil ao Peru seja pavimentada.

Sobre o comércio entre os dois países, o diplomata informou ao senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) que a soma das importações e exportações com o Peru chega a apenas US$ 560 milhões e tem-se mantido nesse patamar nos últimos anos. Porém, na sua opinião, o potencial é grande e as perspectivas são animadoras. Os senadores Nova da Costa (PMDB-AP), Emilia Fernandes (PT-RS) e Iris Rezende (PMDB-GO) elogiaram o currículo de Amado, ex-dirigente do Intituto Rio Branco, que forma diplomatas.

O diplomata Flávio Sapha também fez uma avaliação dos potenciais da relação entre o Brasil e os países do Golfo Pérsico para os quais foi indicado. Segundo ele, a grande riqueza da região, o petróleo, é explorado pelos Emirados Árabes e pelo Catar por empresas estatais que dominam mais da metade da exploração. Assim, disse, os países têm grande quantidade de recursos para investimentos no exterior, principalmente na área militar.

20/06/2001

Agência Senado


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