CRE quer participar de elaboração de Livro Branco da Política Externa




Ferraço: “diretrizes de Estado” para nossas relações externas

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O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), elogiou a iniciativa “ousada e inovadora” do ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, de dar início ao processo de elaboração do Livro Branco da Política Externa Brasileira. Ao abrir nesta quinta-feira (14) a reunião da comissão, o senador adiantou que a comissão está à disposição do ministério para colaborar na elaboração do texto.

Segundo Ferraço, o estudo encontra-se ainda em fase inicial. Provavelmente em janeiro, informou, deverá estar disponível um texto preliminar, que sirva para orientar uma discussão “mais profunda e ampla” do tema. A partir desse momento, previu ainda o senador, o Itamaraty dará inicio a um diálogo com o Congresso Nacional, a sociedade civil e as universidades, em busca de subsídios externos para a consolidação das diretrizes da política externa brasileira.

- Trata-se, a meu ver, de projeto muito relevante para o país, a exemplo do que ocorreu na elaboração, pelo Ministério da Defesa, do Livro Branco da Defesa, aprovado pelo Congresso Nacional este ano, e que representou instrumento importante de fortalecimento da confiança, da segurança e de transparência, gerando efeitos inclusive para os países vizinhos no continente sul-americano – disse Ferraço.

Ainda em novembro, como informou o senador, o novo ministro de Relações Exteriores deverá comparecer a uma audiência pública da comissão, para dar início a um amplo debate sobre a política externa do país. O Livro Branco, a seu ver, poderá estabelecer “diretrizes de Estado” para o relacionamento do Brasil com os demais países ao longo dos próximos anos.

Ao apoiar a iniciativa, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu que o debate leve em conta as perspectivas da política externa brasileira nos próximos 20 ou 30 anos. Entre os temas que ele gostaria de ver abordados estão as relações com a União Europeia, a criação do Bloco do Pacífico e as relações do Brasil com os países vizinhos e com a África.

- Precisamos discutir como será a nossa inserção internacional nos próximos anos – afirmou Cristovam.

Ao final da reunião, Ferraço informou que, por falta de quórum, não seriam colocados em votação os três acordos internacionais e um projeto de lei que estavam em pauta na reunião desta quinta-feira.



14/11/2013

Agência Senado


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