Crescimento no ensino superior na era FHC superou os últimos 14 anos, diz Romero Jucá



O incremento de um milhão de matrículas nas escolas de ensino superior, entre 1995 e 2000, foi maior, em termos absolutos, do que o registrado nos últimos 14 anos. Os números, divulgados pelo senador Romero Jucá (PSDB-RR), atestam, segundo ele, a qualidade da política educacional desenvolvida no país no decorrer dos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Pelos dados de Jucá, em 2001 o Brasil contava com mais de três milhões de alunos em faculdades, apontando um acréscimo de 82% em relação a 1994. Nesse período, a região que mais cresceu em número de matrículas foi o Centro-Oeste, com 134%; seguida do Norte, com 121%; do Sul, com 97%; do Nordeste, com 74%; e do Sudeste, com 71%.

Para obter esse crescimento, observou o senador, o Ministério da Educação precisou agir duro, -quebrando o processo burocrático e cartorial- de credenciamento de novas instituições, que teria inibido a competitividade e gerado ganhos indevidos para empresários do setor. O Ministério enfrentou também, de acordo com o senador, a falta de condizente sistema de avaliação da graduação, distorções instaladas no sistema e a ineficaz utilização dos recursos públicos.

- Com as mudanças, 63 mil professores foram incorporados às instituições de ensino superior, que passaram a contar com cerca de 205 mil funções docentes. É importante acentuar que a parcela de professores com mestrado cresceu de 24% para 32% e a de doutores de 15% para 22% do total - afirmou Jucá.

O senador lembrou que a maior demanda de ensino superior pode ser avaliada pelos pedidos de autorização de novos cursos. Nos últimos cinco anos, informou, o Ministério da Educação aprovou mais de mil novos cursos, de um total de cerca de cinco mil solicitações. Apesar da aprovação de menos de 18% dos requerimentos, foram acrescentadas perto de 100 mil vagas ao sistema.

O Censo 2001 do Ensino Superior, disse o senador, revelou que o país tem 67 instituições federais, sendo 39 universidades, que exigem, para sua manutenção, o equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Elas contam com 45 mil professores e 503 mil estudantes de graduação. No período de 1994 a 2001, o sistema abriu 139 mil vagas. O ensino público é responsável por mais de 50% de matrículas na pós-graduação. Na área de mestrado e doutorado, os números chegam a 83%.

- Mas precisamos crescer. Afinal, menos de 10% de nossa população com idade entre 20 a 24 anos freqüentam estabelecimentos de ensino superior, percentual que indica uma das menores taxas do mundo, inferior à de nações vizinhas na América Latina - advertiu Jucá.



27/03/2003

Agência Senado


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