Crise energética e as influências na economia gaúcha



A crise energética foi discutida hoje(21/06) pela Comissão de Finanças e Planejamento da Assembléia Legislativa. A presidente da Comissão, deputada Cecilia Hypolito (PT) vai remeter os relatórios, os dados e os documentos apresentados na audiência à recém-criada Comissão Mista (Finanças e Serviços Públicos), que pretende aprofundar esse tema. Ela também está pedindo a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações que forneça um estudo técnico, apontando um horário para funcionamento dos órgãos públicos, que preserve o emprego e o desenvolvimento econômico e social. Cecilia teme que a redução do expediente bancário possa causar mais desemprego. O engenheiro Valter Luís Cardeal, representante da secretária Dilma Rousseff disse que a falta de investimento no setor, diminuiu o reservatório de água no País de 83% em 1997, para 29% em 2001. E destacou as diferenças da realidade gaúcha, onde foram evitados 132 dias de cortes de cargas. Aqui os reservatórios estão cheios, com 93% de sua capacidade e podendo chegar até a um limite de 25% de sua potencialidade sem risco de apagões. "Em parceria com a Eletrobras, Eletrosul e o governo Federal, o governo gaúcho vai aplicar R$ 320 milhões nas linhas de transmissão Itá-Caxias-Litoral e no escoamento em Campo Bom, Vale dos Sinos e Serra, como forma de evitar cortes de energia" revelou. Ele também destacou a importância da solidariedade nessa conjuntura de crise e reafirmou a necessidade de cortes de consumo em prédios públicos, na indústria e no comércio. O presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Nilvo Alves da Silva assinalou a necessidade de geração de energia, sem prejuízo para o ambiente e para a saúde pública. "A crise energética se reflete no meio ambiente, como, por exemplo prejudicando a navegação e a irrigação". Criticando o novo horário dos bancos, Ademir Wiederkehr, do Sindicato dos Bancários entregou um documento à deputada Cecilia, alertando para o risco do desemprego, do aumento das filas e da precariedade do serviço prestado. Ele pediu ao legislativo para que interceda junto ao Banco Central, no sentido de promover um amplo debate com a sociedade sobre o expediente determinado autoritariamente pelo Banco Central das 9h às 15h, nas capitais e das 9h às 14h no interior. "Está evidente que os banqueiros querem implementar o turno único, o que implica na redução de funcionários e no crescimento das fileiras do desemprego", criticou Wiederkehr.

06/21/2001


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