Para Fraga, crise energética é séria, mas economia está reagindo bem



Em resposta ao senador Paulo Hartung (PPS-ES), o presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, afirmou que a crise energética e a crise na Argentina reverteram a expectativa de crescimento da economia e criaram pressão sobre o câmbio e a taxa de juros. Apesar de considerar a crise energética séria, Fraga disse o ajuste na taxa de juros, de 1,5% ao ano, está em um patamar inferior ao verificado em crises anteriores. Mesmo com a crise, Fraga afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) continua crescendo e que a perspectiva é de que a inflação passe de 4% para 5,5% em 2001.

- Há um avanço com relação ao cenário anterior. Mas não podemos descansar, temos que tirar o país da categoria de alto risco. O desenvolvimento do país é incompatível com a taxa de juros, que espelha uma situação de risco altíssimo. Acreditamos que o país pode mudar para uma situação de baixo risco, por meio do binômio transparência e responsabilidade na administração das contas públicas - afirmou o presidente do BC.

Hartung alertou para o nervosismo demonstrado pelo mercado financeiro e perguntou a Fraga se o BC vem investigando as instituições financeiras que poderiam estar especulando contra o real. Fraga afirmou que o BC só vem atuando no mercado em momentos de maior pânico, em que a oferta de dólares desaparece. Ele revelou que o BC está investigando a suspeita de haver manipulação nas operações indexadas ao câmbio.

05/06/2001

Agência Senado


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