Cristovam aponta prejuízos do Congresso com "escândalos invisíveis"



Mais que a "escândalos visíveis", o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) atribui a "escândalos invisíveis" o agravamento do processo de desmoralização do Congresso Nacional perante a sociedade. Nesse rol, Cristovam destacou o "divórcio" entre a agenda do Congresso e a pauta de reivindicações do povo; a irrelevância do Congresso diante da pressão das medidas provisórias (MPs) e liminares judiciais; e a falta de uma causa a unir os parlamentares em um grande debate nacional.

- Para mim, a grande causa que nos uniria seria o Brasil garantir a mesma oportunidade na vida a cada brasileiro, independente da família ou da cidade onde tenha nascido - afirmou.

O alcance dessa meta seria possível, na sua opinião, com a adoção de uma política de desenvolvimento sustentável e a promoção de uma revolução no processo educacional. Enquanto o país não atinge esse patamar, Cristovam lamenta não ter o que comemorar no Dia Internacional de Luta contra o Trabalho Infantil, celebrado nesta terça-feira (12). Segundo a segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil teria amargado um retrocesso na área nos últimos anos.

- O trabalho infantil é a corrupção maior que esse país pode ter - advertiu.

Em aparte, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) recomendou ao governo usar a mesma energia para "correr atrás de larápio e bisbilhotar a vida alheia" no socorro às crianças abandonadas do país. Já o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) acredita que o Congresso deve à Nação uma reforma política que imponha limite de gastos nas campanhas e dê condições aos partidos pequenos de disputarem em pé de igualdade com os grandes.

12/06/2007

Agência Senado


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