Cristovam Buarque manifesta apoio ao reitor da UnB
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou, nesta quinta-feira (7), absoluta confiança na atuação do reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo. A UnB foi acusada em reportagem da revista Veja de ser um ambiente de perseguição ideológica.
- [O reitor] é um homem do diálogo absoluto, às vezes até irritantemente absoluto. E sem partido, mas com convicções, com postura firme, mas sem, em nenhuma hipótese, autoritarismo - disse.
Para o senador, por trás das denúncias está a próxima eleição para reitor, a ocorrer em 2012.
- A Universidade hoje é tão grande e importante que estão usando veículos [de comunicação] no meio da eleição para reitor no próximo ano. Eleição de reitor tem que ser uma coisa completamente apartidária; tem que ser uma coisa que não saia de dentro do campus. Não pode ir partido lá influenciar nem meios de comunicação de fora - afirmou
Cristovam disse que não existe intolerância na UnB, uma vez que a universidade "é uma instituição democratizada desde 1985". Para o senador, as vaias de estudantes para impedir uma professora de falar, numa palestra, são apenas falta de respeito e sinônimo de má educação.
Quanto à denúncia de que há casos de uso de drogas na universidade, Cristovam disse que não tinha informações sobre o assunto, mas observou que é possível que haja, uma vez que as drogas, não são um problema da UnB, nem mesmo das universidades, mas da sociedade brasileira.
- Não dá para acusar o reitor e a administração pelo fato de que os estudantes fazem festas e pelo fato de que nas festas tem bebidas e pelo fato de que nas festas possa até ter droga também - disse.
Cristovam lamentou que o tema das cotas raciais seja tratado de maneira passional, tanto por aqueles que são favoráveis como pelos que são contrários a elas. O senador considerou lamentável o fato de a sociedade brasileira estar estruturada de tal maneira que as cotas sejam necessárias, como uma espécie de "jeitinho" que a sociedade dá na tentativa reduzir o impacto de cinco séculos de escravidão explícita ou de escravidão disfarçada. Para Cristovam, a solução seria revolução na educação de base que daria igualdade de oportunidades a todos.
07/07/2011
Agência Senado
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