Cristovam Buarque quer ouvir jovens manifestantes em sessão no Senado



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) propôs, nesta quarta-feira (7), que o Senado Federal receba em Plenário os jovens que organizaram as manifestações populares ocorridas em todo o país no mês de junho. O senador defendeu que um grupo de representantes desses jovens visite o Senado para conversar com os parlamentares e expor suas opiniões e reivindicações sobre a situação do país.

A ideia seria receber jovens sorteados entre inscritos na Internet em uma sessão de segunda-feira, quando o Plenário costuma ser usado em sessões de homenagem.

A iniciativa foi motivada por leituras que o senador fez de pesquisas realizadas pelos institutos Data Popular, Ibope e Datafolha sobre o que pensam jovens e adultos no país. De acordo com o levantamentos, a grande maioria dos entrevistas são favoráveis aos protestos ocorridos em junho e consideram que o Estado deve ser responsável pela educação e pela saúde.

Em sua maior parte, os entrevistados consideraram que sua vida melhorou no último ano, mas principalmente graças ao mérito pessoal. Deus, a família e a sorte também foram citados pelos entrevistados. O governo e os patrões são mencionados de forma minoritária.

Apesar da reconhecida melhoria na vida, a pesquisa mostrou que, de fato, há um descontentamento geral da população. As notas dadas aos serviços públicos foram muito baixas, especialmente em setores como saúde, educação, e segurança pública..

- É uma reprovação. e nós somos responsáveis por tudo isto. Alguns que estão no governo, outros que estão na oposição, mas nós somos os líderes desses países, nós somos responsáveis. Por isso, precisamos ouvir o que esses meninos têm a dizer. Não precisamos ouvir apenas uma pesquisa, precisamos trazê-los fisicamente aqui para falar para nós – defendeu.

Em aparte, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) concordou que é preciso rever o papel do Congresso Nacional na análise do que é necessário hoje para a sociedade. Já Mário Couto (PSDB-PA) afirmou que o país recolhe R$ 1,5 trilhão em impostos, mas esses recursos não se revertem em melhorias nos serviços públicos.



07/08/2013

Agência Senado


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