Cristovam chama atenção de autoridades para responsabilidade em relação a massacre no RJ




O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) repetiu o discurso feito em Plenário, na quinta-feira (7), sobre a chacina ocorrida numa escola municipal do Rio de Janeiro. Ele disse considerar importante fazê-lo para chamar atenção das autoridades quanto à responsabilidade em relação à tragédia que resultou na morte de 12 alunos, deixou outros 12 feridos e levou o assassino, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, a cometer suicídio com a mesma arma usada no crime.

Na avaliação de Cristovam, o episódio poderia ter sido evitado se já houvesse sido criado o Cartão de Acompanhamento Escolar no país.

- Esse louco, se tivesse sido acompanhado desde pequeno, poderia ter sido identificado como em risco de cometer esse tipo de crime - afirmou.

O desencanto e a apatia demonstrados por professores e estudantes em relação à escola também explicariam, segundo salientou, sua escolha como palco do massacre. Para ilustrar essa desmotivação, Cristovam informou que uma média de 60 crianças por minuto deixa a escola ao longo dos 200 dias de ano letivo.

Iniciativas

Mas Cristovam disse apostar na mudança desse cenário com a implementação de cinco medidas, algumas tramitando via projeto de lei no Congresso. São elas: a criação da Agência Presidencial para Crianças e Adolescentes, da Agência de Segurança Escolar, da Carreira Nacional do Magistério e do Programa Federal de Qualidade Escolar em Horário Integral, além da transformação do Ministério da Educação em Ministério da Educação de Base, transferindo-se os assuntos ligados à universidade para o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O senador Gim Argello (PTB-DF) manifestou simpatia pelas mudanças propostas em relação ao Ministério da Educação e indagou sobre a estimativa de investimentos governamentais na educação básica (ensinos fundamental e médio) e no ensino superior. Segundo Cristovam, quase 90% da educação básica são financiados com recursos de estados e municípios, situação na qual não vê futuro pelo fato de a maioria desses entes federados serem "pobres e desiguais".



08/04/2011

Agência Senado


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