Cristovam cobra providências contra conspiração dirigida ao Congresso



A invasão e o quebra-quebra nas dependências da Câmara dos Deputados comandados por integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), nesta terça-feira (6), levaram o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) a fazer o seguinte alerta: se o Congresso não souber enfrentar o que ocorreu, não será capaz de sobreviver. Preocupado com a desmoralização do Poder Legislativo perante a opinião pública, ele indagou o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre as providências que irá adotar para combater uma suposta conspiração contra a democracia no país.

Na sua opinião, a maior responsabilidade pelo episódio está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estaria incentivando rebeliões e protestos ao não cumprir os compromissos de campanha assumidos em 2002. Mas Cristovam também cobrou uma parte dessa conta do Partido dos Trabalhadores (PT) - o líder do MLST, Bruno Maranhão, é da Executiva do partido -; do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo; do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, criticado pela alegada partidirização de decisões relativas ao Congresso; e do próprio Renan.

- É mais grave o que ocorreu hoje diante da crise moral que o Congresso vive. Nós também fazemos parte dessa conspiração quando não cassamos deputados comprovadamente envolvidos em atos ilícitos. Se o Congresso se mostrasse limpo, puro, a opinião pública se manifestaria contra os baderneiros - afirmou.

Cristovam acredita que o Poder Legislativo só terá condições de enfrentar essa campanha difamatória e conquistar o apoio popular se pautar sua conduta pela moral, credibilidade e liderança. Assim, considerou que a não-instalação da CPI dos "sanguessugas", focada nas denúncias de compra de ambulâncias superfaturadas com verbas de emendas parlamentares, será tão grave quanto a quebra das vidraças da Câmara pelos manifestantes do MLST.

06/06/2006

Agência Senado


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