Cristovam defende auditoria nas licitações do GDF



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse nesta segunda-feira (12) que ainda não defende a intervenção no governo do Distrito Federal, pois entende que, dentre os nomes inscritos, pode sair um governador com postura de interventor. Para ele, o melhor seria que os deputados distritais se comportem como representantes dos eleitores e não como eleitores.

- Ao ver como está se comportando a nossa Câmara Legislativa, cada vez tendo mais a achar que a melhor saída teria que vir de fora de Brasília. A população espera que venha alguém que mude, que dê um basta, que faça auditoria nas compras e licitações até do meu governo [no DF, de 1995 a 1998] - afirmou.

Cristovam observou que se o próximo governador não fizer isso, perderá a legitimidade e ficará apenas com a legalidade da eleição indireta. Ele disse que teme apoiar um dos candidatos e, com isso, legitimar o processo legal. O senador assinalou que o processo legal só será legítimo se atender às aspirações da população.

- Eu temo que, ao participar da eleição, que dá a sensação, até aqui, de estar viciada, com nome já definido, pode ser que, depois disso, quem votar não possa ficar contra depois. Porque terá que respeitar as regras do jogo - afirmou.

Luziânia

O senador também parabenizou a Polícia Civil de Goiás e a Polícia Federal pela solução do desaparecimento de seis meninos em Luziânia. Ele manifestou sua tristeza por estar vivendo essa tragédia e observou que não teria sido difícil evitar a morte - quase previsível - desses meninos se o bandido não tivesse sido solto, apesar de ser classificado como "perigoso", devendo ser obrigatoriamente monitorado pelas autoridades.

Cristovam disse que um projeto de lei (PLS 50/05) de sua autoria, cria a Agência Nacional de Proteção a Criança e ao Adolescente, e tramita há cinco anos no Senado. O PLS já tem pareceres aprovados nas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), e aguarda entrar na Ordem do Dia.

- Criança é o grande patrimônio do país. O governo brasileiro comprou submarinos e aviões para proteger o pré-sal, mas não compra escolas, não paga nem aos professores para proteger o maior recurso de um país que é a criança numa escola de qualidade - afirmou.



12/04/2010

Agência Senado


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