Cristovam defende novo pacto social para sanar insatisfações da população



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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) desafiou, nesta sexta-feira (6), em Plenário, os demais senadores a encontrarem um caminho para sanar as insatisfações da população, que planeja manifestações no Sete de Setembro. Para Cristovam, é preciso fazer um novo pacto social para definir o futuro do país.

Para o senador, o Senado deveria retomar os trabalhos em caráter permanente e começar a fazer um pacto, não só por pequenas medidas, mas um acordo de para onde se vai levar o Brasil no futuro.

No entanto, o senador disse se sentir impotente por não ver como fazer com que todos os senadores queiram buscar um novo Brasil.

- Uma das coisas tão pequenininhas que estão incomodando o povo, a gente não está atendendo: acabar com esse famigerado voto secreto, que é uma vergonha para cada político votar sem que o seu eleitor saiba como ele votou – explicou.

O senador concluiu afirmando que vai tentar dar a sua contribuição, trazendo ideias a fim de construir um caminho para refazer o país.

Na avaliação do senador, o Senado deveria retomar os trabalhos em caráter permanente e começar a fazer um pacto, não só por pequenas medidas, mas um acordo de para onde se vai levar o Brasil no futuro. No entanto, o senador disse se sentir impotente por não ver como fazer com que todos os senadores queiram buscar um novo Brasil.

- Uma das coisas tão pequenininhas que estão incomodando o povo, a gente não está atendendo: acabar com esse famigerado voto secreto, que é uma vergonha para cada político votar sem que o seu eleitor saiba como ele votou – explicou.

Ele disse que vai tentar dar a sua contribuição, trazendo ideias a fim de construir um caminho para refazer o país.

Independência

Cristovam afirmou que, nesses 191 anos de Independência, o país percorreu um longo caminho e obteve muitas conquistas. Ele chamou a atenção, no entanto, para notícias sobre manifestações populares, que seriam a causa de a segurança da presidente Dilma Rousseff tê-la aconselhado a adiar sua vinda para o Brasil para comemorar o feriado nacional.

- De um lado, o povo na rua enfrentando o Estado pelo descontentamento, pela desesperança e, de outro lado, o Estado recuando!  - comparou.

Segundo o senador, o mais importante e grave é saber o que os parlamentares estão fazendo diante dessa realidade. Para ele, os representantes estão virando as costas para o povo, que não se cala mais diante dessa situação. Cristovam disse que “caiu a ficha” do povo sobre vários equívocos da política, da economia, e especialmente se intensificou a intolerância ao uso do “jeitinho brasileiro” no governo para tudo.

- Eu sou um dos defensores aqui do Mais Médicos, mas é claro que é um jeitinho para tentar consertar o que não se fez ao longo de décadas. Eu sou a favor das cotas, mas é claro que é um jeitinho para compensar o erro de não fazer o esforço correto na educação ao longo de décadas. Nós temos tido governo dos 'jeitinhos' – afirmou.

Para Cristovam, os parlamentares não estão percebendo que, ao mesmo tempo em que cai a confiança do povo, surge uma arma, a internet, que relega para segundo plano os sindicatos e partidos. A internet, segundo o senador, permite revoluções sem líderes.

- Basta qualquer jovem chegar em casa, descontente com um fato, colocar no computador um convite para manifestação e a manifestação acontece no outro dia com um número suficiente para quebrar o bom funcionamento da sociedade – exemplificou.

Na opinião do senador, o caminho para acabar com a onda de manifestações não é a repressão, mas tentar restabelecer com o povo o pacto social que foi quebrado.

- Eu não tenho nenhuma simpatia por manifestantes mascarados. Mas me preocupa muito que comecemos proibindo os mascarados, depois vamos proibir os que estão sem camisa, depois vamos proibir os que estão de chapéus e no final vamos proibir todos de irem para as ruas – disse.



06/09/2013

Agência Senado


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