Cristovam: "Educação é progresso"



Com o lema "Educação é progresso", o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) aproveitou o Dia da Bandeira - comemorado nesta segunda-feira (19) - a fim de chamar a atenção da população para o fato de que, atualmente, mais de 16 milhões de brasileiros-13,6% da população -, são analfabetos e, em decorrência disso, são incapazes de reconhecer a própria Bandeira Nacional. O senador promoveu um ato público com duas mil bandeirolas fincadas no gramado em frente ao Congresso Nacional com a inscrição "Educação é Progresso" no lugar de "Ordem e Progresso".

"Há 118 anos, o país não se preocupa com a educação de suas crianças. Se o lema da nossa bandeira fosse 'Educação é Progresso', certamente hoje os brasileiros seriam capazes de ler e escrever, reconheceriam a Bandeira Nacional. Já teríamos derrubado o muro da desigualdade", lembra o senador em textos que apresentou para divulgar o ato público.

O senador disse ainda que não tem a intenção de mudar a bandeira, mas, sim, revigorar seu espírito. Para Cristovam, é constrangedor constatar que esse símbolo de representação patriótica da Nação exclui instantaneamente 13,6% dos brasileiros de sua cidadania, da consciência de representatividade. Cristovam observou que, se as letras da bandeira fossem misturadas aleatoriamente ou trouxessem outra mensagem, esta seria uma ação indiferente para essa parte da população.

Para Cristovam, ainda, os republicanos não consideraram "a insensibilidade do ato de escrever um texto na bandeira em um país com 65% da população analfabeta na época", referindo-se à realidade brasileira de 1889, quando foi desenhada a bandeira com a inscrição "Ordem e Progresso".

A inscrição "Ordem e Progresso" foi inserida na bandeira logo após a Proclamação da República. A frase foi inspirada na causa do teórico positivista Auguste Comte, que defendia que cada sociedade deveria ter "o amor por princípio, a ordem por base e o progresso como objetivo".

O senador pelo Distrito Federal defende a educação como caminho para o fim da desigualdade social e como ferramenta capaz de possibilitar ao Brasil igualar-se a países modernos vanguardistas nas áreas científica e tecnológica.



19/11/2007

Agência Senado


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