No Dia da Bandeira, Cristovam diz que educação é progresso
Em pronunciamento nesta segunda-feira (19), Dia da Bandeira, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que a educação é a única forma de casar ordem e progresso sem autoritarismo. Cristovam, que promoveu ato em que espalhou duas mil pequenas bandeiras do Brasil com a inscrição "Educação é Progresso" no gramado em frente ao Congresso Nacional,propôs "acrescentar nova dimensão ao espírito" do mais importante símbolo da pátria, com o intuito de "igualar as pessoas, os direitos e as oportunidades".
Para o senador, o grande erro dos republicanos-positivistas do século 19 foi terem desconsiderado que, mais importante que saber qual a posição correta das estrelas da bandeira, a grande maioria dos cidadãos deveria ser capaz de compreender a correta posição das letras na frase gravada no mais importante símbolo nacional. Segundo Cristovam, na época, 65% dos brasileiros eram analfabetos.
- Para a maioria da população, se escrevessem desordem e atraso, continuaria sendo a bandeira do Brasil. Que república elitista era essa? De lá pra cá, a porcentagem de analfabetos na população passou para 13%, mas o número dobrou. Ou seja, continuamos a ser uma república de aristocratas - protestou o senador.
Para Cristovam, ao privilegiarem a ordem e o progresso, os idealizadores da bandeira deixavam claro que ela representaria uma república de poucos: a ordem serviria para "manter os pobres sob controle", ao passo que o progresso serviria para "aumentar cada vez mais o consumo da população mais rica". O senador lembrou que os republicanos optaram por excluir o amor, conforme propunham os positivistas, sob a inspiração do filósofo francês Auguste Comte ("amor por princípio, ordem por base e progresso por objetivo").
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) citou diversas manifestações de artistas brasileiros que propõem a recuperação do verdadeiro sentido positivista na inscrição da bandeira brasileira, com a conseqüente colocação do amor antes da ordem e do progresso. Ele lembrou que o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) chegou, inclusive, a apresentar um projeto de lei propondo que o Congresso Nacional abrace essa causa.
Para Cristovam, no entanto, mais importante que mudar a inscrição na bandeira é garantir que todos os brasileiros sejam capazes de compreendê-la.
19/11/2007
Agência Senado
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