Cristovam enumera razões que o fizeram candidatar-se à reeleição
Em discurso nesta segunda-feira (19), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) enumerou as razões que o motivaram a candidatar-se à reeleição para o Senado, entre elas a possibilidade de trabalhar em prol de uma causa; lutar pela aprovação dos projetos já apresentados; posicionar-se a respeito dos novos temas que surgirão com a posse do novo presidente da República e dos governadores; representar a população do Distrito Federal; e o prazer de disputar eleições.
- Às vezes muitos de nós, sobretudo nos últimos anos de desprestígio da atividade política, nos perguntamos por que tanto esforço para tentar atrair o eleitorado, que também está descrente. Por que tanto esforço para tentar convencer a votar no nome de cada um de nós? Para mim, a razão mais importante é que não temos o direito de nos aposentar - afirmou o senador.
Cristovam Buarque disse que seria frustrante para ele não candidatar-se e, ao ler os jornais, deter-se sobre determinado tema e imaginar que poderia estar lutando para enfrentar aquele problema. O senador acrescentou que uma eventual derrota na disputa pela reeleição o deixará com a cabeça erguida, já que lutou para convencer a população a apoiar suas ideias, e ela preferiu eleger outro.
Na avaliação de Cristovam Buarque, um senador não tem o direito de aposentar-se enquanto o Brasil continuar enfrentando as dificuldades atuais. Ele comparou que poderia ter uma vida muito mais cômoda, com tempo para dedicar à família, e até recebendo uma maior remuneração, se desistisse do Senado e se dedicasse, por exemplo, a ministrar palestras remuneradas.
- Nessa hora, eu garanto, os senadores estão caminhando no sol, estão gastando a garganta tentando convencer eleitores. E muitos de nós não somos mais jovens. Mas sinto que não tenho o direito de fugir da luta. Eu estou aqui por isso. Eu estou disputando por isto, porque acho que não tenho o direito de dizer "Cansei!", ou de dizer "Desisti!", ou de dizer "Fugi!". Não tenho o direito. Por isso continuo nessa luta - declarou Cristovam.
19/07/2010
Agência Senado
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