Cristovam: Governos salvam bancos, mas não investem em educação
Ao alertar para a necessidade de ampliação dos investimentos em educação visando à formação de recursos humanos em larga escala em todo mundo como forma de viabilizar o aumento da produção de bens materiais acompanhado da preservação da natureza, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou o excesso de zelo dedicado por governos de vários países a seus sistemas financeiros, em detrimento do setor educacional.
Cristovam mostrou-se indignado com o fato de as pessoas acharem natural os bancos centrais aplicarem trilhões de dólares para socorrer as instituições financeiras e demonstrarem grande preocupação com a origem ou fonte de financiamento de quantias bem menores a serem aplicadas em algum projeto de melhoria da educação pública.
- Todos dizem que não existe dinheiro para nada, mas na hora de salvar os bancos, os recursos aparecem. O que não dá para compreender é por que se faz dezenas de reuniões de cúpulas todos os dias para salvar o mundo de uma crise financeira, mas não se faz uma única para salvar os cérebros do planeta - disse.
Em seu pronunciamento, Cristovam relatou sua participação no 13º Meeting Internacional em Lisboa, sobre Bionergia e Telecomunicações, promovido pelo comunicador João Dória Júnior. Ele parabenizou também Portugal pelo importante aprimoramento de seu sistema educacional realizado nos últimos anos, que permite acesso de crianças ao ensino de Inglês e a computadores ainda na primeira série do ensino fundamental.
Pierre Weil
Cristovam lamentou ainda a morte, na semana passada, do educador francês Pierre Weil, que fundou no Brasil a Universidade Internacional da Paz (Unipaz), em 1987.
- Ele lutou sua vida inteira por uma nova realidade que permitisse que nós saíssemos dessas crises que nós vivemos, não apenas acabando com a inflação, acabando com a crise financeira, retomando o crescimento, mas mudando a maneira como a gente pensa que deve ser o desenvolvimento - afirmou.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) manifestou seu apoio ao pronunciamento de Cristovam Buarque e criticou também o governo Lula pela falta de prioridade dada à educação e à saúde.
13/10/2008
Agência Senado
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