Cristovam pede desculpas por ter apoiado mínimo de R$ 260
- Aqui estou pedindo desculpas pelo erro de ter passado aos meus colegas e ao povo brasileiro a idéia de que valia a pena votar no salário mínimo de R$ 260 porque o governo daria grandes compensações sociais – declarou. Ao encampar a proposta governista de reajuste, Cristovam recusou a emenda da oposição, aprovada pelo Senado, que agregava mais R$ 15 e, assim, elevava o mínimo para R$ 275. Na sua opinião, os beneficiários desse piso lucrariam mais com o “choque social” que com essa renda extra.
Dentre as medidas sociais vetadas pelo presidente Lula, figuravam uma política de aumento real do valor do salário mínimo; o incremento de obras de saneamento, abastecimento d’água e habitação popular; a expansão dos programas Bolsa-Família e Saúde da Família; e a ampliação dos recursos disponíveis no programa de microcrédito. O veto a essas iniciativas não representou perdas apenas para o povo, atingindo ainda, segundo Cristovam, o próprio presidente Lula, “que fica como o chefe de um governo que não cumpre acordos e não dialoga com parlamentares”.
Os senadores Mão Santa (PMDB-PI), Efraim Morais (PFL-PB), Magno Malta (PL-ES), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Fernando Bezerra (PTB-RN) elogiaram “a coragem e a lucidez” das críticas formuladas ao governo por Cristovam.
25/08/2004
Agência Senado
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