Cristovam pede desculpas por ter apoiado mínimo de R$ 260



O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao conjunto de 12 medidas do “choque social”, iniciativa prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2005 e complementar ao aumento do salário mínimo para R$ 260, levou o senador Cristovam Buarque (PT-DF) a pedir desculpas ao povo e a propor uma aliança aos senadores -  para derrubar o veto presidencial e incorporar as 12 medidas à proposta de Orçamento de 2005. A atitude, explicou o senador, não foi motivada por qualquer “malfeito ou desvio de conduta ética”, mas pelo “grave erro político” de ter acreditado que o governo implementaria o “choque social” em troca do apoio ao projeto do Executivo de reajuste do piso nacional para R$ 260.

- Aqui estou pedindo desculpas pelo erro de ter passado aos meus colegas e ao povo brasileiro a idéia de que valia a pena votar no salário mínimo de R$ 260 porque o governo daria grandes compensações sociais – declarou. Ao encampar a proposta governista de reajuste, Cristovam recusou a emenda da oposição, aprovada pelo Senado, que agregava mais R$ 15 e, assim, elevava o mínimo para R$ 275. Na sua opinião, os beneficiários desse piso lucrariam mais com o “choque social” que com essa renda extra.

Dentre as medidas sociais vetadas pelo presidente Lula, figuravam uma política de aumento real do valor do salário mínimo; o incremento de obras de saneamento, abastecimento d’água e habitação popular; a expansão dos programas Bolsa-Família e Saúde da Família; e a ampliação dos recursos disponíveis no programa de microcrédito. O veto a essas iniciativas não representou perdas apenas para o povo, atingindo ainda, segundo Cristovam, o próprio presidente Lula, “que fica como o chefe de um governo que não cumpre acordos e não dialoga com parlamentares”.

Os senadores Mão Santa (PMDB-PI), Efraim Morais (PFL-PB), Magno Malta (PL-ES), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Fernando Bezerra (PTB-RN) elogiaram “a coragem e a lucidez” das críticas formuladas ao governo por Cristovam.



25/08/2004

Agência Senado


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