Crivella, Mesquita Junior e Wellington apoiam discurso de Mercadante
Em aparte ao senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) defendeu a investigação das irregularidades que vêm sendo denunciadas no Senado, a punição dos culpados e a reforma administrativa da Casa, observando, no entanto, que não se pode colocar em jogo a governabilidade. Ele defendeu, ainda, a participação do Ministério Público e da Polícia Federal nas investigações.
Na opinião de Crivella, os erros têm que ser corrigidos sem que a Mesa tenha que abrir mão de suas responsabilidades, delegando-as a outros. Ele lembrou que o Senado, como toda instituição, tem suas virtudes e suas falhas.
- Nenhuma instituição é uma coleção de homens castos e puros - assinalou.
Já o senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) disse que, se existe algo contra o presidente do Senado, José Sarney, que seja apresentada uma representação contra ele. Dessa forma, explicou, regimentalmente ele seria obrigado a se afastar do cargo para se defender. Para o senador, os sucessivos pedidos para que Sarney se licencie apenas servem para levantar suspeição contra ele.
- Ninguém pode personalizar essa crise. Há fatos imputados ao presidente Sarney que precisam ser explicados? Acho que sim. Algumas respostas e justificativas ele tem dado. Se a ele são imputadas irregularidades, é necessário que a coragem aflore nesta Casa e uma representação seja feita. Esse é o caminho correto. Não me filio à tese dos que defendem que ele tem que se afastar - declarou Mesquita Júnior.
Por sua vez, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) elogiou a atuação de Mercadante junto à bancada do PT visando uma saída política para a crise que o Senado está atravessando. Lembrando que a disputa pela Presidência da Casa, no início do ano, distanciou o seu partido do PT, ele defendeu uma reaproximação em favor dos futuros projetos políticos.
- Meu partido venceu a eleição e fizemos o presidente do Senado. Em alguns momentos vibramos porque tínhamos vencido nossos parceiros. Erramos ao estar contra o senador Tião Viana (PT-AC), e o PT errou ao estar contra Sarney. Achamos que estava indo tudo bem, quando tudo estava errado. Podemos reclamar, brigar e discutir, mas a partir desse momento temos que caminhar juntos - defendeu Wellington Salgado.
02/07/2009
Agência Senado
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