Cyro Miranda volta a criticar equipe econômica do governo
Em pronunciamento no Plenário, nesta terça-feira (4), o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) voltou a criticar a equipe econômica do governo federal e afirmou que o Congresso tem a obrigação de exigir explicações adequadas sobre o aumento da inflação.
O parlamentar apontou como principais evidências de que a estabilidade econômica do Brasil está comprometida o aumento da inflação, a alta do dólar, a diminuição do superávit primário e o recuo da indústria.
Para Cyro, o crescimento econômico de 0,6 % no primeiro trimestre é um "banho de água fria" no otimismo do governo.
– Capitaneada pelo ministro Mantega, mestre em previsões erradas, e o submisso presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a equipe econômica vai perdendo o controle da situação e parece ter apenas um mecanismo para tentar dominar a inflação: a alta dos juros – disse.
O senador alertou para o impacto negativo sobre os setores produtivos. Ele citou dado do Instituto Valor Data que registrou despesas maiores que as receitas em 238 empresas não financeiras.
Em comparação com outros países, acrescentou o senador, no Brasil a inflação só não foi o dobro da mexicana, mas esteve pelo menos duas vezes acima dos demais vizinhos ou parceiros sul-americanos.
– Será que vamos voltar aos patamares de juros impensáveis que eram praticados no Brasil? – indagou.
Cortes
Cyro Miranda defendeu medidas bem mais enérgicas para controlar a inflação. E sugeriu que o corte deve começar pela máquina pública, "que onera o contribuinte e o setor produtivo", para arcar com custos de R$58 bilhões ao ano.
Além de citar os 39 ministérios, o parlamentar incluiu o custeio com órgãos técnicos, empresas públicas, universidades, escolas e institutos técnicos federais, resultando em um orçamento de R$ 377,6 bilhões.
– É um valor que representa mais que o PIB de países como Peru, Nova Zelândia ou Marrocos. Para uma presidente que se diz boa gestora não é impensável? Qual é o argumento minimamente razoável para a máquina pública crescer dessa forma? – questionou.
04/06/2013
Agência Senado
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