DECISÃO DE SER EMPRESA CABE AOS CLUBES, DIZ PRESIDENTE DA CBF
Quanto à determinação da Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) que veda a propriedade de mais de um clube pela mesma empresa, o presidente da CBF interpreta que, na realidade brasileira, o dispositivo deve se restringir aos departamentos de futebol. Segundo ele, no Brasil, os clubes, diferentemente do que acontece na Europa, têm cunho social, apoiando o esporte amador como um todo.
- Acredito que o departamento de futebol de um clube não possa ser comandado pela mesma empresa que comanda o departamento de futebol de outro clube. Esse tipo de propriedade deve ser cerceado - declarou.
Teixeira aproveitou o tema para afirmar que dificilmente poderia haver qualquer tipo de acerto de resultados no futebol nacional. "Não posso aceitar essa tese. A paixão clubística no Brasil é uma coisa muito arraigada", declarou.
A liberação do passe do jogador depois de dois anos de contrato com o clube, continuou, é muito prejudicial à estrutura do futebol nacional. Segundo Teixeira, há falta de informação sobre esse assunto, pois, na Europa, o passe foi substituído pela multa contratual.O presidente da CBF pediu aos deputados e senadores da comissão que, depois de alterada a legislação, acompanhem com atenção a sua regulamentação, pois os decretos formulados pelo Executivo podem causar mais problemas ao esporte do que uma lei.
10/02/2000
Agência Senado
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