Decisão do TST que permite ao jogador a troca de clube é elogiada por Freire



Ao elogiar a liminar concedida pelo corregedor-geral do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Francisco Fausto, permitindo ao jogador Juninho Pernambucano, do Vasco da Gama, transferir-se para um outro clube, o senador Roberto Freire (PPS-PE) disse que a decisão significa um passo importante para acabar com a Lei do Passe no Brasil. Na sua opinião, a Lei do Passe é um resquício de comportamentos escravagistas que ainda resistem junto aos dirigentes de futebol.

- Zumbi, depois de suas batalhas heróicas, morreu em 1695; a Lei Áurea foi editada no final do século 19; a Lei Zico e a recente Lei Pelé são do século 20; e já em pleno início do século 21 dirigentes movidos pelos generosos recursos provindos das transferências de jogadores, e que segundo a CPI se misturam com vários tipos de ilícitos, teimam em postergar a entrada em vigor do dispositivo da Lei Pelé acerca do passe, prevista para o próximo dia 26 de março - disse Freire.

Roberto Freire disse ainda que já conhecia Juninho Pernambucano como atleta desde a época em que o jogador defendeu o Sport Club do Recife, e que agora estava conhecendo o Juninho cidadão, o homem que defende o seu direito de ser livre. "É a ele que rendo as minhas homenagens", declarou.

O senador concordou com a opinião manifestada pelo ex-jogador Sócrates, em reunião da CPI do Futebol, no sentido de que o futebol brasileiro especializou-se em vender o artista porque não sabe vender o espetáculo. "Ele sintetizou em uma frase de conotação poética todo o drama do nosso futebol, que esperamos, encontre melhores dias", completou Roberto Freire.

21/03/2001

Agência Senado


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