Déficits do Governo Olívio são os mesmos dos governos anteriores
O contador e economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos apresentou hoje (04/04) análise do resultado financeiro do governo do Estado do Rio Grande do Sul, relativo ao exercício de 2000, na Comissão de Fiscalização e Controle. O trabalho, realizado por solicitação do líder do Partido Popular Socialista (PPS), deputado Bernardo de Souza, chamou a atenção do presidente da Comissão, deputado Berfran Rosado (PMDB), que convidou o técnico para fazer a explanação.
Na abertura da reunião, Bernardo de Souza reafirmou a sua crença na necessidade de que os números verdadeiros sobre as finanças públicas sejam dados ao conhecimento da sociedade. Para isto, também, o parlamentar solicitou a elaboração deste trabalho.
O trabalho destaca que os déficits estruturais (permanentes) do governo do Estado continuam os mesmos dos governos anteriores. O estudo aponta como principal causa do déficit a folha de pagamento, que, principalmente devido aos inativos, está inchada. Para equacionar este problema, o economista aponta a necessidade de aumentar a arrecadação a longo prazo e equacionar o problema dos inativos.
O Estudo mostra, baseado no Balanço Geral do Estado relativo ao exercício de 2000, uma redução no déficit orçamentário de R$ 205,9 milhões em relação ao exercício anterior, resultante de um acréscimo de receita de R$ 1.502,4 milhões . Entretanto, não fosse a receita de alienação de bens (venda da carteira mobiliária da antiga Caixa Estadual e dos títulos referentes à concessão do DEPREC), na ordem de 426,3 milhões, o déficit seria de R$ 987,9 milhões, 28,7% superior ao do exercício anterior.
Participaram da reunião além dos deputados Bernardo de Souza e Berfran Rosado (Presidente), PMDB, os deputado Adilson Troca, PSDB; Adroaldo Loureiro, PDT; César Busatto e Iara Wortmann, PMDB; Elvino Bohn Gass e José Gomes, PT, Iradir Pietroski, PTB e Onyx lorenzoni, PFL. O encontro foi prestigiado por representantes de dezenas de associações, sindicatos e federações que debateram o tema durante mais de uma hora após a explanação do trabalho.
04/04/2001
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