Delcídio pede atenção às fronteiras, 'verdadeira origem dos males' da segurança pública



O senador Delcídio Amaral (PT-MS), em discurso nesta terça-feira (7), elogiou a ação conjunta de forças do estado e da União no combate ao narcotráfico nas favelas do Rio de Janeiro, observando, no entanto, que esta ofensiva foi direcionada apenas às consequências, e não à verdadeira origem do mal: o abandono das fronteiras brasileiras.

- O grande desafio da segurança pública no Brasil são as regiões de fronteira. Se não equacionarmos essa questão, não teremos sucesso no combate ao crime organizado e não vamos resolver o problema da violência - afirmou.

Delcídio reconheceu pequenas medidas que vêm sendo tomadas isoladamente - como o estabelecimento, no Mato Grosso do Sul, de um posto avançado da Força Nacional, onde se dado treinamento não só para a Força Nacional, mas para outras polícias, e a destinação de recursos do orçamento para incrementar a vigilância nas fronteiras - mas disse que o novo Congresso deve ser mais enfático na busca de uma solução definitiva para a região, e se comprometeu a lutar prioritariamente por essa questão.

Para o senador, além da adoção urgente de políticas públicas para o controle e vigilância das fronteiras brasileiras, também é essencial investir no desenvolvimento desses locais, com geração de emprego priorizando a vocação da região e criando condições para que os habitantes tenham perspectiva e futuro, caso contrário, continuarão sendo alvo fácil do contrabando e da ilegalidade.

Delcídio acrescentou que é preciso também uma política diferenciada de saúde, já que os hospitais das cidades fronteiriças atendem a índios e estrangeiros; e de educação, com reconhecimento de cursos feitos fora do Brasil. Ele também defendeu o direito de ir e vir das pessoas que vivem na região e salientou que as propostas de desenvolvimento precisam ser diferenciadas nesses locais.

Outro ponto considerado relevante por Delcídio é a questão dos assentamentos e da criação de reservas indígenas próximas às fronteiras e da aquisição de terras por estrangeiros, que vem tomando uma dimensão preocupante no Brasil, criando nas fronteiras verdadeiros bolsões, o que pode ser bem perigoso para a soberania nacional. Para o senador, é preciso uma lei de fronteira "agressiva, rigorosa".



07/12/2010

Agência Senado


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