Deputados do PT afirmam que BM agiu dentro da normalidade no Fórum Mundial



Na opinião dos deputados Ivar Pavan e Ronaldo Zülke (PT), os depoimentos desta segunda-feira (6/8) na reunião da CPI da Segurança Pública da Assembléia demonstraram que o trabalho da Brigada Militar durante o Fórum Social Mundial, ocorrido em Porto Alegre, em janeiro último, esteve dentro da normalidade. Quatro testemunhas foram ouvidas hoje pelos integrantes da Comissão: o major Reinaldo Leal Ribeiro, o tenente-coronel Ilson Pinto de Oliveira, o delegado Alexandre Vieira e o escrivão e assessor da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Jorge Quadros. Todos foram interrogados sobre o episódio envolvendo uso e apreensão de droga, ocorrido no Parque Harmonia, onde estavam acampados centenas de jovens que participavam do Fórum. Para os petistas, o debate em torno do assunto revela a visão conservadora da oposição em relação à forma com que a polícia deve agir. “Setores da oposição clamam pela volta à represssão. Pregam o uso da força, mesmo que o custo seja a vida humana”, acusou Zulke, lembrando que foi este “tipo de concepção política que patrocinou chacinas como a de Carandiru ou a repressão violentas aos movimentos sociais”. O tenente-coronel Ilson Oliveira, afirmou que agiu para preservar tanto o jovem como os policiais e o restante das pessoas que estavam no parque. “Autorizei pessoalmente a liberação do menor, encaminhando a ocorrência através de um relatório à Polícia Civil”, confirmou. O tenente- coronel negou que tenha recebido telefonema do funcionário da Secretaria de Segurança Jorge Quadros, sugerindo a libertação do menor. “A decisão foi minha para evitar um confronto maior, com risco, inclusive de vida, para todos os presentes.” Os petistas não vêem nada de extraordinário na atitude do tenente- coronel que justifique uma investigação por parte da CPI da Segurança. “Assim como esta, outras ocorrências envolvendo o uso de tóxicos por jovens foram registradas naquele período. A droga foi apreendida, o jovem foi identificado e não tinha antecedentes, a ocorrência foi formalizada e um inquérito está em curso. Portanto, cabe à justiça fazer o julgamento do caso, não à CPI”, afirmou o líder do governo, Ivar Pavan. Na opinião do deputado Ronaldo Zülke, a oposição novamente saiu frustrada na tentativa de desgastar a gestão de Olívio Dutra. “Já apelaram para tudo, sempre baseados em supostas evidências ou denúncias e nunca em fatos concretos. Agora, queriam passar a idéia de que havia uma orientação do governo para Brigada Militar evitar ocorrências durante o Fórum Social Mundial. Também esta tese foi desmentida pela maioria dos depoimentos. Não sabemos o que mais nossos adversários podem inventar, mas a verdade é que esta CPI ainda não disse a que veio”, protestou Zülke.

08/06/2001


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