DESIGUALDADE REGIONAL É PROBLEMA MAIS GRAVE DO PAÍS, AFIRMA MARIA DO CARMO
- A menos que se implemente um ambicioso projeto de planejamento regional, o hiato entre o desenvolvimento das nossas regiões mais ricas ante nossas mais pobres tenderá a se aprofundar - afirmou.
Para Maria do Carmo, se o governo deixar a economia fluir com base no livre mercado, a questão das desigualdades regionais poderá ser ainda mais aguda nos próximos anos. O perigo dessa situação se agravar, acrescentou, é crescer, no país, um movimento separatista, como vem acontecendo em outros países.
A senadora disse que há fatores positivos nas diversidades regionais do país, e que é preciso aproveitá-los, até porque, afirmou, o Norte e o Nordeste são "extremamente viáveis economicamente". O Nordeste, acrescentou, pode transformar-se numa espécie de Califórnia brasileira, recebendo investimentos planejados e com condições estabelecidas para enfrentar as secas, o que proporcionaria a geração de milhões de empregos e as bases para uma economia sustentável.
Quanto à região Norte, a senadora disse que tem o maior potencial de energia hidrelétrica do planeta, além da maior riqueza de reservas minerais e de terras agricultáveis.
- O interesse da correção das desigualdades regionais não é só do Norte e do Nordeste, mas das regiões industrializadas, sobretudo São Paulo, que pode conquistar um novo mercado interno, numa dimensão e com uma estabilidade bem maiores do que o próprio Mercosul - concluiu.
15/10/1999
Agência Senado
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