DIAS PEDE ESCLARECIMENTOS SOBRE INVESTIMENTOS DO BNDES NO CARIBE
Dizendo-se espantado com a notícia, Álvaro Dias informou que a operação, confirmada pelo embaixador do Brasil na República Dominicana, Fernando Fontoura, contraria as recentes declarações do presidente do banco de que o BNDES estaria empenhado em reorientar seus investimentos, priorizando setores geradores de emprego.
O texto do jornalista Lonardo Trevisan, que motivou o pedido de esclarecimentos e cuja íntegra o senador leu durante seu discurso, informa que a empresa Andrade Gutierrez foi escolhida, sem licitação, para fazer a obra. De acordo com o reportagem, o custo do aqueduto é de US$ 162 milhões, financiado 80% pelo BNDES e 20% pelo ABN Amro, com juros diferenciados. Os US$ 129 milhões do BNDES vão render 1% mais a libor e os US$ 33 milhões do ABN, 3,75% mais a libor.
De acordo com Álvaro Dias o Colégio Dominicano de Engenheiros, Arquitetos e Agrimensores (Codia) e o Conselho Nacional da Empresa Privada da República Dominicana declararam que a obra deve ser submetida a uma licitação internacional. Por sua vez, a oposição naquele país passou a barrar no Congresso a ratificação do contrato, assinado em agosto pelo presidente Leonel Fernández.
Álvaro Dias disse ainda, com base na reportagem, que empresas brasileiras de construção civil, que concluíram obras na República Dominicana, têm enfrentado dificuldades para receber créditos vencidos: "só em uma obra, entregue em 1997, a dívida acumulada chega a US$,2 milhões".
11/02/2000
Agência Senado
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