Dinheiro ilegal seduz prefeituras
Prefeituras viraram alvo de um golpe disfarçado em empréstimos ou doação de milhões de dólares para financiar projetos sociais. A Polícia Federal investiga 61 casos suspeitos. Empresas fantasmas se camuflam como ONGs ou entidades filantrópicas estrangeiras e convidam prefeitos a abrir contas bancárias, sem registro no Banco Central (BC), para converter dólar em reais.
"Existe a intenção clara de lavagem de dinheiro", informa Tereza Grossi, diretora de Fiscalização do BC. Uma oferta generosa demais, no valor de US$ 137 milhões, fez o prefeito de Arapongas (PR) desconfiar da Country Squire Internacional Corporation. Segundo o BC, essa empresa canadense nasceu e morreu em 1993 sem ter funcionado. (pág. 1 e 20)
O Banco Mundial, que calcula em US$ 1,5 bilhão (em uma década) o custo da reconstrução, defende a criação de um Banco Central e de um departamento de impostos, modelo liberal que especialistas acham impraticável num país dividido por tribos. (pág. 1, 14 e 15)
Enquanto Polícia Federal, políticos e espectadores, de modo geral, imaginam a cena final, o governo mexicano trabalha para levar Gloria de volta. E apresenta o primeiro capítulo da história como principal argumento para que o Supremo Tribunal Federal (STF), no Brasil, defina logo a extradição. (pág. 4)
O aumento coincide com a publicação de uma norma técnica, com diretrizes para o atendimento a mulheres e adolescentes vítimas de violência sexual, assinada há três anos pelo ministro da Saúde, José Serra. (pág. 6)
Até lá, quer o vencedor seja da oposição ou um aliado de Fernando Henrique, estas autarquias permanecerão sob as ordens de Renato Guerreiro (Anatel), José Mário Abdo (Aneel) e o embaixador Sebastião do Rêgo Barros (ANP).
As leis que criaram as agências prevêem as exonerações de seus dirigentes somente nos casos de improbidade administrativa. O ministro da Saúde, José Serra, um dos pré-candidatos tucano, tentou ampliar este dispositivo quando as propostas passaram pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em meados dos anos 90, mas foi voto vencido. (pág. 19)
EDITORIAL
"Sem Ciência, sem Futuro" - (...) Ninguém menos do que o presidente Fernando Henrique Cardoso. Disse ele que o cientista que não consegue fazer uma grande descoberta, e se tornar famoso, tem como única saída ser professor. Segundo ele, os professores limitam-se a "repetir em suas aulas o que outras pessoas fazem".
Dá para entender? Fernando Henrique ainda tentou desculpar-se afirmando que estava brincando, mas seria bom que refletisse melhor. Uma assessoria política não lhe faria mal. Um cientista social, e ainda mais presidente da República, não pode deixar escapar opiniões desse teor, nem por brincadeira. (...)
Um ensino que não desperta a criatividade não leva a pensar, a questionar e inovar. Tanto Uchôa quanto Fernando Henrique desenham um país de segunda categoria, constituído por cientistas inúteis e professores que só foram ensinar por frustração e não por vocação. (...) (pág. 12)
COLUNAS
(Coisas da Política - Dora Kramer) - Antigamente dava-se a certos movimentos políticos feitos exclusivamente com o intuito de ocupar espaço, até que alguma coisa de verdade acontecesse, o nome de "flores do recesso". Mas, para sermos contemporâneos dos acontecimentos, podemos dar às idas e vindas dos partidos em torno da sucessão presidencial o nome de "afoitezas do recesso". O sentido é quase o mesmo. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Ricardo Boechat) - Até 2005, todos os genes humanos estarão identificados - 20% deles por cientistas brasileiros.
A previsão foi feita por Andrew Simpson, do Projeto Genoma, em palestra no Laboratório Sérgio Franco.
Só os EUA e a Inglaterra desenvolvem mais projetos que o Brasil nessa área. (pág. 6)
12/02/2001
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