DJALMA BESSA COBRA SOLUÇÕES DEFINITIVAS PARA SECA NORDESTINA
As ações emergenciais de combate à seca promovidas pelo governo federal sob a coordenação da Sudene deverão atender os flagelados sem fonte de renda, disse hoje (dia 6) o senador Djalma Bessa (PFL-BA). No entanto, frisou, passada a fase emergencial, "o periódico problema da seca exige o concurso continuado de uma diversidade de ações, nos mais variados níveis, envolvendo o setor público e o setor privado".
- É preciso decisão, vontade política e engajamento das três esferas de governo - reiterou.
Na opinião do senador, a agricultura nordestina tradicional deve ser substituída pelas plantações irrigadas, às quais associa-se a construção de barragens, poços e adutoras. Nesse sentido, observou, a transposição das águas do rio São Francisco seria uma solução, desde que assegurado "um patamar mínimo de segurança ecológica" e a compatibilização com outras utilizações do rio, como as de geração de energia e de navegação.
A microrregião de Irecê, na Bahia, seria um exemplo do conjunto de medidas necessárias contra a seca, enfatizou. Cercada por afluentes do São Francisco e dotada de terras férteis, Irecê, que já foi responsável por 10% do feijão produzido no país, também foi duramente atingida pela estiagem deste ano, afirmou.
Conforme Djalma Bessa, o governador do estado, César Borges, anunciou programa integrado de irrigação de poços, voltado para a fruticultura, criação de ovinos e caprinos, pecuária intensiva, apicultura, piscicultura e avicultura. O objetivo, além de emergencial, é garantir emprego e renda, ou seja, realizar metas "estruturantes", nas palavras do secretário estadual de Agricultura, informou o senador.
A solução definitiva na microrregião, segundo o senador, viria com a implantação do projeto de irrigação Baixio de Irecê, desenvolvido pela Codevasf, que constará da proposta de lei orçamentária para 1999.
06/05/1998
Agência Senado
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