Dolarização da Argentina seria erro, diz Malan
Dolarização da Argentina seria erro, diz Malan
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem nos Estados Unidos que é totalmente contrário à dolarização da economia argentina. Malan falou a empresários e investidores, na Bolsa de Nova York, durante o Brasil Day, e ressaltou que a dolarização não é viável para um país de grande dimensão, como a Argentina.
"Há algumas ilhas no Pacífico e alguns pequenos países, como o Equador, onde a dolarização pode ser feita e bem-sucedida. Mas dolarizar a Argentina seria um grave equívoco", afirmou.
Acrescentou que o Brasil não afasta a possibilidade de, no futuro, no Mercosul adotar uma moeda única que flutue em relação ao dólar, ao euro e ao iene.
"A dolarização de uma economia da região tornaria inviável esse projeto". Ele disse ainda que o PIB brasileiro deve crescer 2,2% este ano. (pág. 1 e B1)
* O presidente argentino. Fernando de la Rúa, disse que seu país já se afastou "da beira do precipício" e manifestou o desejo de que a garra demonstrada no jogo contra o Brasil se estenda à economia. (pág. 1 e B3)
* O desemprego nos EUA chegou em agosto a 4,9%, o pior resultado desde setembro de 1997, fazendo aumentar o temor de que o país esteja entrando em recessão.
Em julho, o índice havia sido de 4,5%. Em agosto foram cortados 113 mil postos de trabalho, a maior parte na indústria. "Já estamos em recessão", diz um economista.
Outro o contesta: "O desemprego sempre está nos níveis mais altos às vésperas de uma recuperação."
* O PIB do Japão caiu 0,8% de abril a junho, em relação ao trimestre anterior. O risco de nova recessão pode levar o primeiro-ministro, Junichiro Koizumi, a fazer as penosas reformas econômicas que deseja. (pág. 1 e B8)
* Reeditada pela terceira vez, a medida provisória que amplia a anistia está causando desconforto em parte das Forças Armadas. Pela nova regra, civis e militares que foram atingidos por medidas de exceção desde a década de 30, no governo de Getúlio Vargas, até a promulgação da atual Constituição, em 1988, têm direito a benefícios como pensões até R$ 10,8 mil e indenizações de até R$ 100 mil.
* Todos os oficiais-generais se reunirão em Brasília, terça-feira, para discutir os principais problemas do Exército - um deles deverá ser a suspensão da segunda parcela do aumento prometido do soldo. (pág. 1 e A4)
* O encerramento da Conferência Mundial do Racismo foi adiado para hoje. Enquanto já era desmontada a infra-estrutura do evento ontem, negociadores ainda discutiam os temas-chaves Oriente Médio e colonialismo, num debate que se estendeu pela madrugada.
O texto em discussão incluía um pedido de desculpas por parte de países colonialistas, apesar de os europeus terem vetado essa referência durante a semana, mas não considerava a escravidão crime contra a humanidade. (pág. 1 e A10)
* O presidente do México, Vicente Fox, encerrou ontem uma bem-sucedida visita a Washington anunciando que está prestes a denunciar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.
Ele quer organizar uma conferência especial sobre segurança para discutir um novo modelo de defesa coletiva no hemisfério.
"Nosso propósito é promover uma revisão conjunta das ameaças a nossos países ", disse Fox na OEA. Sua visita terminou com um dado positivo: o Senado dos EUA aprovou projeto que amplia até abril o prazo para algumas categorias de imigrantes ilegais regularizarem sua situação. (pág. 1 e A12)
Editorial
"Da acomodação à negociação"
Assim como o acordo que resultou na aprovação da emenda constitucional sobre as MPs decorreu de eficiente negociação entre o Governo e as lideranças no Congresso, pode-se dizer que o Legislativo sai da era da acomodação para a da plena negociação. (pág. 1 e A3)
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