Edison Lobão descarta convocação da Comissão Representativa do Congresso para debater violência



O vice-presidente do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), não acha necessária a convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional para debater a onda de violência que assola o país, agravada com a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O motivo, conforme observou, é que os trabalhos legislativos serão reiniciados dentro de 22 dias. Observou, no entanto, que caso haja um pedido de algum líder ou do próprio presidente do Senado, Ramez Tebet, que também preside a comissão, o colegiado poderá ser convocado.

Edison Lobão, em entrevista à Agência Senado nesta quarta-feira (23), previu que tão logo o Legislativo retome os trabalhos, em 15 de fevereiro, a questão da segurança irá dominar os debates. Mas entende que o Congresso não pode ficar apenas na simples discussão do tema, e deve votar, com rapidez, propostas concretas que visem combater a criminalidade, como a medida provisória (MP), a ser enviada pelo Executivo, com uma série de providências destinadas a pôr fim à onda de violência.

Para Edison Lobão, a votação da medida provisória contra a violência deve ter prioridade absoluta. A seu ver, não se pode permitir que nem mesmo os regulamentos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal procrastinem a votação da MP.

- O Congresso Nacional não se furtará a colaborar com o Executivo para combater a violência - previu o senador.

Indagado se o aumento da violência em todo o país poderia prejudicar os candidatos da base de sustentação do governo nas eleições presidenciais de outubro, Edison Lobão foi enfático:

- Acredito que não, porque a questão da segurança é de responsabilidade dos governos estaduais. O governo federal participa da segurança supletivamente, não havendo razão, portanto, para se culpar o presidente da República e nem o Ministério da Justiça pelo crescimento da violência - finalizou Edison Lobão.



23/01/2002

Agência Senado


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